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Comércio Varejista recua 0,2% em setembro no Amazonas, mas desempenho segue acima da média nacional

Resultado negativo interrompe leve alta de agosto, enquanto o Varejo Ampliado avança 1,4% e impulsiona o setor no estado

O Comércio Varejista do Amazonas registrou queda de –0,2% em setembro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE divulgada nesta quinta-feira (13). O recuo sucede a leve alta de 0,1% registrada em agosto, mas ainda assim o desempenho amazonense ficou acima da média nacional, que foi de –0,3% no mesmo período.

Na comparação com setembro de 2024, o volume de vendas caiu –1,3%, colocando o estado entre os sete piores resultados do país no indicador interanual. Já no acumulado de 2025, o varejo amazonense mantém estabilidade, com crescimento de 1,3%, e registra alta de 2,2% na variação dos últimos 12 meses.

Varejo Ampliado avança e puxa atividade econômica

Enquanto o varejo restrito mostrou retração, o Varejo Ampliado — que inclui veículos, motos, material de construção e atacado alimentar — cresceu 1,4% em setembro, um desempenho superior ao nacional (0,2%). No acumulado do ano, o índice chega a 1,8%, e em 12 meses, 3,6%.

A ampliação desse segmento sugere uma retomada gradual de setores sensíveis ao crédito e ao investimento, refletindo melhora na atividade econômica e maior circulação de bens duráveis no estado.

Terceira queda do ano no varejo amazonense

O recuo de setembro representa a terceira queda mensal de 2025 no Comércio Varejista local. Os outros resultados negativos ocorreram em:

Março: –5,8%

Maio: –0,1%

Setembro: –0,2%

Ainda assim, a trajetória geral do ano permanece positiva, com seis meses de avanço — cenário que ameniza os efeitos das oscilações e mantém o setor em crescimento moderado.

Na comparação com outras Unidades da Federação, o Amazonas ficou na 13ª posição entre os 15 estados que registraram desempenho negativo em setembro. Os melhores resultados foram de Tocantins (3,2%), Amapá (2,9%) e Bahia (2,4%), enquanto os piores vieram de Maranhão (–2,2%), Roraima (–2%) e Distrito Federal (–1,7%).

Interanual coloca Amazonas entre os piores desempenhos

Considerando a variação entre setembro de 2025 e setembro de 2024, o estado aparece entre os sete piores resultados do país, com queda de –1,3%, ocupando a 22ª posição nacional.

Os destaques positivos ficaram com Amapá (10%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Bahia (5,9%). Já os piores índices foram registrados em Piauí (–5,4%), Roraima (–5,2%) e Rio de Janeiro (–2,6%).

Acumulados mostram cenário moderado, porém estável

No acumulado do ano, o Amazonas apresenta crescimento de 1,3%, ficando atrás de estados com forte expansão, como Amapá (7,4%), Santa Catarina (5,9%) e Paraíba (5,5%). Os desempenhos mais fracos foram registrados em Tocantins (–3%), Roraima (–2,1%) e Rio de Janeiro (–2,1%).

Na variação acumulada em 12 meses, o estado atingiu 2,2%, ocupando a 17ª posição entre as UFs. Os melhores resultados vieram novamente de Amapá (8%), Paraíba (6,9%) e Santa Catarina (5,5%). Já as menores taxas foram de Rio de Janeiro (–1,2%), Tocantins (–0,9%) e Mato Grosso do Sul (0,4%).

Indicador essencial para acompanhar o ritmo da economia

Criada em 1995, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) é referência para o acompanhamento conjuntural do varejo brasileiro e do varejo ampliado, com base em uma amostra de 6.770 empresas distribuídas pelos 27 estados. O levantamento monitora setores estratégicos para compreender o comportamento do consumo e a dinâmica econômica regional.

A próxima divulgação, referente aos dados de outubro, ocorrerá em 11 de dezembro de 2025.

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