Indústria amazonense avança 4,1% em outubro e volta a liderar crescimento no país
Estado registra segunda maior alta interanual do Brasil e aponta sinais de aceleração para o fim de 2025, apesar de forte polarização entre setores
A produção industrial do Amazonas cresceu 4,1% em outubro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM Regional), divulgada nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com retração de seis pontos percentuais em relação a setembro, o desempenho manteve o Estado entre os maiores crescimentos do país e bem acima da média nacional, que ficou em apenas 0,1%.
O resultado reforça o movimento de recuperação gradual da indústria amazonense ao longo de 2025, marcado por oscilações intensas, mas sustentado por ciclos fortes em setores específicos.
Crescimento mensal
Com variação de 4,1% frente a setembro, o Amazonas ficou entre os estados de maior expansão industrial, atrás de Goiás (6,5%), Mato Grosso (5,8%) e Rio de Janeiro (4,1%). Ao todo, 11 unidades da federação registraram taxas positivas em outubro.
Interanual indica retomada
Na comparação entre outubro de 2025 e o mesmo mês de 2024, o Amazonas avançou 12,5%, segunda maior taxa do país. O desempenho robusto reflete o peso de atividades que tiveram forte expansão no período e compensaram perdas anteriores.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a outubro, o Amazonas registrou crescimento de 1,3%, sétima melhor taxa nacional. O resultado mostra estabilidade moderada em um ano de oscilações relevantes entre segmentos industriais.
Acumulado em 12 meses
O índice de 12 meses marcou 2,9%, consolidando o Estado na quarta posição entre as UFs. O resultado reforça uma tendência de expansão gradual e contínua.
Perspectivas para o fim do ano
A média móvel trimestral apontou variação positiva de 1,6%, terceira melhor do país, sinalizando que novembro e dezembro devem manter o ritmo de recuperação industrial.
Setores em destaque
O resultado de outubro foi marcado por forte polarização entre atividades industriais.
Os principais avanços foram registrados na fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis: +668,5%; fabricação de produtos químicos: +70,5%; outros equipamentos de transporte (exceto veículos automotores): +21,3%.
Entre as retrações ficaram máquinas, aparelhos e materiais elétricos: -8,6%.
Visão de longo prazo
No acumulado do ano, o melhor desempenho é da indústria química, com alta de 58%. Já o setor de coque e derivados, apesar do pico recente, acumula queda de -30,3%.
No horizonte de 12 meses, produtos químicos novamente lideram (+57,9%), enquanto o setor de coque apresenta a maior retração (-41,9%).
Importância da pesquisa
A PIM Regional é um dos principais instrumentos de acompanhamento da atividade industrial no país, monitorando mensalmente 17 estados. A próxima edição será divulgada em 14 de janeiro.
Os resultados de outubro evidenciam que, apesar das desigualdades internas entre setores, a indústria amazonense tende a fechar 2025 em terreno positivo, impulsionada por segmentos estratégicos e pela retomada gradual da economia.


