CULTURADESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO

Gustavo Igrejas aprofunda a história e o impacto da Zona Franca em novo livro

Obra chega ao público no dia 11 de dezembro e propõe uma leitura histórica e estratégica sobre o modelo econômico que transformou Manaus e ainda move debates sobre o futuro da região

A Zona Franca de Manaus volta ao centro das discussões sobre desenvolvimento, competitividade e futuro sustentável com o lançamento do novo livro do economista Gustavo Igrejas: “Zona Franca de Manaus: Conhecendo seu passado e presente, olhando para seu futuro”. O evento acontece nesta quarta-feira (11/12), às 17h, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), na Bola da Suframa, reunindo representantes do setor produtivo, academia, governo e sociedade civil.

Mais do que um panorama técnico, a obra assume um caráter didático e propositivo, reconstruindo a trajetória da Zona Franca desde sua criação, em 1967, até os desafios contemporâneos — especialmente em um período marcado por mudanças tributárias e pela urgência de novas matrizes econômicas na Amazônia.

História e o impacto da Zona Franca

Com 180 páginas, o livro acompanha a evolução do modelo em três grandes fases: o ciclo comercial, o período de consolidação industrial e a etapa recente marcada pelos Processos Produtivos Básicos (PPBs). Igrejas apresenta cada transformação à luz do contexto político e econômico do Brasil, mostrando como a Zona Franca se tornou um instrumento decisivo para reduzir desigualdades regionais e proteger a floresta por meio da geração de emprego e renda.

O texto dialoga com gestores públicos, empresários, estudantes e cidadãos que buscam compreender o papel da Zona Franca além do senso comum — e, sobretudo, entender por que o modelo permanece estratégico para a sustentabilidade da Amazônia.

Presente e futuro

No trecho dedicado ao presente, Gustavo Igrejas revisita os desafios que o Polo Industrial de Manaus enfrenta diante de novas dinâmicas de mercado, avanço tecnológico e incertezas trazidas pela Reforma Tributária. A obra defende que a Zona Franca precisa combinar inovação, competitividade e responsabilidade ambiental para continuar relevante nas próximas décadas.

Ao olhar para o futuro, o autor propõe caminhos que envolvem diversificação da economia, atração de investimentos verdes, fortalecimento da bioeconomia e ampliação de políticas de integração regional. Para ele, o modelo não deve ser entendido como um fim em si mesmo, mas como uma plataforma de transição para um novo tipo de desenvolvimento amazônico.

Trajetória consolidada

Funcionário de carreira da Suframa, onde chegou a exercer o comando da autarquia, Gustavo Igrejas hoje atua na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Sedecti). Com quase três décadas de experiência no setor, ele reúne conhecimento técnico e vivência institucional para analisar, com profundidade e clareza, as engrenagens que movem a indústria amazonense.

O novo livro sucede sua primeira obra, publicada em 2017, que discutiu os impactos da crise econômica no Polo Industrial de Manaus. Agora, Igrejas amplia o foco e oferece uma reflexão histórica e estratégica sobre o modelo que moldou a economia do Norte do país.

Encontro técnico

O evento de lançamento no auditório do SENAI marca também um momento de reencontro entre especialistas e defensores do modelo Zona Franca. A expectativa é que o livro estimule debates qualificados sobre o papel do Amazonas nas agendas de desenvolvimento nacional e internacional — especialmente às vésperas da COP30, quando a Amazônia ocupará ainda mais espaço nas discussões globais.

Fotos: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo