Farmácias de Manaus cobram preços abusivos por medicamentos para tratar Covid-19
Comissão de defesa do consumidor da Câmara Municipal de Manaus constatou aumento de até 100% no preço da Azitromicina, remédio usado do tratamento do novo coronavírus
Após inúmeras denúncias feitas pela população, a equipe de fiscalização da Comissão de Defesa do Consumidor (Comdec) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) visitou várias farmácias e drogarias da capital amazonense e constatou pratica abusiva de preços em vários estabelecimentos, principalmente de medicamentos usados no tratamento do novo coronavírus e também de produtos relacionados a imunidade das pessoas, como as vitaminas.
Durante a fiscalização, a equipe verificou que a Azitromicina, por exemplo, medicamento é indicado no tratamento de infecções causadas por organismos suscetíveis, em infecções respiratórias, como a Covid-19, que antes pandemia custava entre R$10 e R$ 17, está sendo comercializada hoje, em média, por R$ 100.
De acordo com o vereador André Luiz (PL), presidente Comdec, o objetivo da fiscalização é coibir os preços abusivos praticados por diversas farmácias da capital do Amazonas. Ele destaca a importância da participação do consumidor para que a comissão possa agir e coibir os abusos de preços. “As denúncias são essenciais e contamos com o cidadão manauara, que pode nos contatar através nos nossos canais de comunicação”, explicou.
Para atender o consumidor nesse período de isolamento social, a Comdec disponibiliza o endereço eletrônico: comdec@cmm.am.gov.br; pelo WhatsApp: (92) 99263-3587 e também pelas redes sociais do vereador André Luiz.
Flagrantes e autuações
Na terça-feira, foram fiscalizadas farmácias localizadas nas zonas Centro-Sul e Norte da cidade. No bairro Colônia Santo Antônio, foram identificados preços exorbitantes e obstrução de informações.
O valor da Azitromicina variava entre R$ 20,00 (caixa com 3) e R$70,00. “Isso é se valer da fragilidade do cidadão de bem, para obter lucro em um momento que as pessoas estão correndo para as farmácias atrás desta medicação”, criticou o vereador André Luiz. O estabelecimento foi autuado e tem um prazo de 72h para apresentar a planilha de compras e notas fiscais.
Em outro ponto na Avenida Torquato Tapajós, Flores, também na zona Norte, houve sonegação de informação. A farmácia foi autuada e terá um prazo de 48h para apresentar à comissão todas as informações dos preços praticados, conforme prevê o Artigo 66 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que determina que os estabelecimentos não podem se esquivar de prestar as devidas informações ao consumidor ou afirmação falsa.