EDUCAÇÃO

Projeto ‘Padrinhos da Matemática’ auxilia alunos venezuelanos em escolas municipais

As aulas acontecem com dia e hora marcada, com uma hora de duração e seguem os procedimentos básicos de higiene para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus.

Para ajudar alunos venezuelanos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal de ensino, com dificuldades de adaptação ao currículo escolar brasileiro, a escola municipal Abílio Nery, na zona Centro-Sul, criou o projeto “Padrinhos da Matemática”. Seis professores voluntários integram o projeto, cujo objetivo é auxiliar os estudantes com conteúdos básicos e atividades, solucionando dúvidas que os mesmos possam ter referente aos referidos assuntos.

“Esse trabalho da escola Abílio Nery é de extrema importância, pois atende venezuelanos que estão nessa fase de transição e adaptação ao contexto educacional no Brasil”, comentou a subsecretária de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Euzeni Araújo, que também parabenizou a iniciativa e o excelente trabalho desenvolvido pela equipe escolar da Abílio Nery.

As aulas acontecem com dia e hora marcada, com uma hora de duração e seguem os procedimentos básicos de higiene para evitar a propagação da pandemia do novo coronavírus. As atividades são desenvolvidas na biblioteca, salas de aula e no refeitório da unidade.

Segundo o gestor da escola, José Francisco da Silva, a ideia surgiu para atender as inúmeras dificuldades dos alunos em matemática, principalmente, na faixa etária de 16 anos. “É um projeto simples, mas de grande importância, que surgiu a partir de uma conversa, após um aluno estrangeiro falar que estava com dificuldades em matemática. Daí surgiu o projeto, que é uma forma de ajudar os amigos estrangeiros, que fazem parte da escola”, explicou.

Um dos voluntários é o professor de matemática da rede municipal, Josué Cláudio Soares Pereira. “É muito bom e satisfatório saber que estamos ajudando o próximo, ainda mais quando a gente sabe da dificuldade que eles (venezuelanos) têm com o idioma. São alunos humildes, que vieram para o Brasil porque estavam passando necessidades no país deles, e aqui encontraram ajuda na escola, e agora podem ter conhecimento matemático também”, informou.

Jennifer Alejandra Orjuela Ceron, 15, da 4ª fase da EJA, é uma das alunas que fazem parte do projeto. Para ela, a aprendizagem vai além dos cálculos. “Eu gostei bastante desse projeto, com ele tiro todas as minhas dúvidas. Eu agradeço muito aos padrinhos que me ajudam. Essa não é uma aula só para matemática, mas aprendizagem para a vida sobre coisas que eu não entendia”, disse.

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