MEIO AMBIENTE

Ação da nova Associação Parque Mosaico Amazônia revela plano de despoluição do Igarapé do Gigante

O Igarapé do Gigante corta a zona oeste da capital amazonense. O projeto que será apresentado na Virada Sustentável vai mostrar as belezas, desafios e soluções para despoluição do igarapé.

Os igarapés, essenciais no funcionamento da floresta como corredores ecológicos que facilitam o fluxo das espécies de animais e vegetais, também moldaram o crescimento da cidade de Manaus. Enquanto a maioria desses “caminhos de canoas” foi engolida pela urbanização, alguns ainda resistem. Agora, uma coalizão de empresas, ONGs e cidadãos conscientes está se unindo para recuperar um desses remanescentes, o Igarapé do Gigante, que corta a zona oeste da capital do Amazonas. Uma ação da recém criada Associação Parque Mosaico Amazônia para a Virada Sustentável de Manaus, que acontece no próximo sábado, dia 28 de novembro, vai mostrar em detalhes as belezas, os desafios e as soluções que essa coalizão está trazendo para o Igarapé do Gigante. 

A ação convida os visitantes a embarcar em um vôo de drone acompanhando o curso d’água desde sua nascente, na floresta nativa ao redor do aeroporto, passando pelos bairros da Redenção, Planalto, o recém criado Parque Mosaico, Lírio do Vale e Ponta Negra, até desaguar na Marina do Davi. O vídeo é intitulado “A Jornada do Gigante: Urbanização e Preservação Florestal na Amazônia”. Nele, filmagens aéreas se combinam com entrevistas de moradores e ativistas que atuam na região, revelando que os sete quilômetros que separam a nascente da foz do Igarapé do Gigante são uma miniatura das riquezas, contradições e soluções para os problemas de muitas cidades brasileiras.

Nas entrevistas, organizações e movimentos como Reusa, Transformação, Praça das Flores, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Associação Parque Mosaico Amazônia contam como vêm contribuindo para a proteção do igarapé e como pretendem transformar em realidade o sonho de despoluir totalmente o Gigante, até 2033. Um sonho possível, especialmente agora que o Governo Federal acaba de aprovar o Marco Legal do Saneamento (Lei 4.026, de 15 de Julho de 2020). Segundo a nova lei, até 2033, o esgoto de 90% dos lares brasileiros deve ser captado e tratado. A mobilização junto aos governos municipal, estadual, federal e à empresa responsável pelo saneamento de Manaus, pode colocar o Igarapé do Gigante nesses 90%. Já imaginou tomar banho de rio ao lado da sua casa, como faziam os antigos habitantes da cidade?

É para transformar esse sonho em realidade que a Associação Parque Mosaico Amazônia está construíndo essa coalizão que, além dos ativistas locais e grandes ONGs, como a FAS, também pretende unir empresas como a Mixcon e DPC, que criaram o Parque Mosaico, outras empresas baseadas em Manaus, além dos moradores de todos os bairros localizados ao longo do curso do Igarapé do Gigante. O poder público também será convidado a participar. Em 2012, a prefeitura de Manaus publicou decreto-lei criando a Área de Proteção Ambiental Parque Linear do Igarapé do Gigante, com o objetivo de ajudar na preservação dessa área. O primeiro objetivo da coalizão será a implantação efetiva dessa unidade de conservação, com a elaboração de um plano de manejo que destine áreas desse parque às atividades ecoturísticas, de pesquisa e de restauração.

Para conhecer a ação e se engajar nessa mobilização em prol do Igarapé do Gigante, através de seu computador ou celular, acesse a partir de sábado o Facebook e Instagram @viradasustentavelmanaus ou a página www.parquemosaico.com.br/associacao .

SOBRE A ASSOCIAÇÃO PARQUE MOSAICO AMAZÔNIA

A Associação Parque Mosaico Amazônia desenvolve laços comunitários entre proprietários e moradores desse novo bairro que está surgindo na zona oeste de Manaus, através de ações sociais, ambientais, culturais e esportivas. A Associação une os moradores frente ao poder público para conseguir os investimentos e apoio necessários para que o sonho compartilhado de viver em um lugar seguro, arborizado, limpo e bem organizado seja mais real a cada dia.

Enquanto o Parque Mosaico coleta e trata 100% dos efluentes de todos os seus moradores, muitas casas das comunidades a montante despejam esgoto a céu aberto e lixo dentro do rio. Despoluir o Igarapé do Gigante de ponta a ponta é o sonho grande que a Associação Parque Mosaico Amazônia abraça com essa participação na Virada Sustentável da Manaus. A Associação surgiu através do apoio da Mixcon e da DPC, empresas de desenvolvimento urbano que se uniram para criar e implantar o projeto urbanístico do Parque Mosaico. Para alavancar a Associação, contrataram a ORÉ Inovação em Impacto Social, que está desenvolvendo as estratégias de mobilização e projetos voltados à participação e empoderamento dos moradores.  

SOBRE O PARQUE MOSAICO 

Vista dos Buritis e Vista das Castanheiras foram os primeiros condomínios a receber moradores no Parque Mosaico. Mas há muitos outros vizinhos chegando em breve. Vista do Sol, Vista dos Angelins, Vista dos Jatobás, Vista dos Cedros e Vista das Embaúbas são os nomes dos novos condomínios do bairro. Localizado no coração de Manaus, o Parque Mosaico nasceu de uma parceria entre a Mixcon e DPC Empreendimentos. Seu plano de desenvolvimento urbano, prevê receber até 100 mil moradores nas unidades residenciais, além de centenas de escritórios, centros comerciais e prédios públicos. 

O projeto se baseia no tripé localização, uso misto e sustentabilidade, com ênfase na relação entre moradores e espaço urbano. Tudo foi pensado para oferecer facilidade de acesso e fluidez no tráfego, quer os deslocamentos sejam feitos de carro, bicicleta, a pé ou utilizando o transporte coletivo. Para transformar tudo isso em realidade, diferentes incorporadoras assumiram a responsabilidade pela construção e venda dos diversos condomínios do bairro, como MRV e Morar Mais, entre outras.

SOBRE A VIRADA SUSTENTÁVEL

A Virada Sustentável é o maior festival sobre o tema na América Latina. Sua primeira edição aconteceu em 2011, em São Paulo, e depois ganhou edições no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Campinas, Manaus e outras cidades. Na capital do Amazonas, o festival  acontece desde 2015, com a participação de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, empresas, entre outros. Seu objetivo é apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, além de reforçar as redes de transformação e impacto social existentes nas diferentes cidades. O festival é realizado em Manaus pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), organização da sociedade civil que há mais de 12 anos tem a missão de contribuir para a conservação ambiental da Amazônia, por meio da valorização da floresta em pé e sua biodiversidade, e da melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas.

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