DESTAQUETECNOLOGIA & INOVAÇÃO

Suframa divulga iniciativas voltadas à bioeconomia e ao turismo na região Amazônica

Membros do CAS, representantes do Ministério da Economia, do Conselho da Amazônia, entre outros convidados, vão conhecer cases de sucesso da Zona Franca, como balsas de transbordo de grãos e um barco-hotel de luxo

Nesta quarta-feira (2/12), conselheiros do Conselho de Administração da Suframa (CAS), representantes do Ministério da Economia e do Conselho da Amazônia, entre outros convidados, participarão de uma programação voltada à bioeconomia e ao turismo na região, para conhecer a infraestrutura de duas balsas voltadas ao transbordo de grãos e ao beneficiamento de açaí, respectivamente, além de um barco-hotel de luxo voltado ao público estrangeiro.

A programação é organizada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em razão da 295ª Reunião Ordinária do CAS, a ser realizada na próxima quinta-feira (3/12), e que tem como objetivo promover o modelo Zona Franca de Manaus e suas mais variadas vertentes em prol do desenvolvimento regional.

Para o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, tratam-se de importantes exemplos de como a bioeconomia e o turismo são uma realidade com um potencial de grande ampliação na região. “Precisamos mostrar aos nossos conselheiros, ao Conselho da Amazônia e à sociedade como um todo as iniciativas que já estão em funcionamento e são verdadeiros cases de sucesso na nossa região e atrair cada vez mais investidores para ampliar essa capacidade fomentando o desenvolvimento regional”, afirmou.

Grãos
A primeira visita da comitiva será às instalações de transbordo de cargas da Bertolini à beira-rio. Trata-se de uma estrutura flutuante, na qual é feita a coleta da soja cultivada em Roraima e transportada por caminhões até Manaus, onde, ao chegarem no Porto, abastecem balsas que comportam milhares de toneladas de grãos, para então seguirem, por via fluvial, para serem distribuídas aos mercados nacionais e internacionais.

A empresa conta com três unidades em operação, com autorização para operação em Manaus (Rio Negro), Miritituba (Rio Tapajós), Paragominas (Rio Capim) e Cujubim (Rio Madeira). As três estações transportam aproximadamente três milhões de toneladas de soja ao ano. De acordo com dados da Bertolini, o transbordo gera uma redução de 123 mil caminhões nas estradas anualmente, uma vez que cada balsa comporta a quantidade de grãos equivalente a 44 caminhões, e cada comboio de balsas leva o equivalente a 526 caminhões.

Açaí
Outra instalação a ser conhecida pela comitiva será da balsa indústria de açaí, um projeto de autoria da Bertolini. A embarcação-piloto tem duas mil metros quadrados de área construída, com capacidade de carga de 1.700 toneladas e atua nas calhas dos rios Solimões, Japurá, Juruá, Purus e Madeira, comprando a produção de açaí das comunidades mais distantes, onde a logística impede a comercialização do produto já existente. Todo o açaí comprado é beneficiado na própria embarcação e destinado à exportação.

Segundo dados da Bertolini, cerca de cinco mil famílias estão sendo beneficiadas a partir do projeto-piloto, com uma geração de renda anual de R$ 5 milhões a partir da venda direta entre o produtor e a empresa. A fábrica no interior da embarcação tem capacidade para processar 20 toneladas de frutos por dia, de congelar 12 toneladas de polpa por dia e de armazenar 300 toneladas em sua câmara frigorífica.

Um dos focos desse projeto é garantir a sustentabilidade da produção e, para isso, prevê o tratamento de resíduos industriais – tais como resíduos de biomassa e comuns -, bem como o tratamento de efluentes e a captação de água dos rios e transformação em água potável. Além do açaí, que é o produto utilizado no projeto-piloto, as instalações também podem beneficiar outros tipos de produtos, tais como cupuaçu, abacaxi, camu-camu, entre outros.

Barco-hotel
Para finalizar a visita, haverá um passeio ao Encontro das Águas, um dos principais pontos turísticos da região, a bordo do Rio Negro Queen, hotel flutuante de luxo com três decks e quinze suítes panorâmicas que podem acomodar até 30 pessoas por expedição, além de um restaurante cujo chef é o francês Roland Villard, condecorado com a estrela do Guia Michelin da alta gastronomia.

O barco-hotel é concebido para oferecer uma experiência exclusiva de pacotes sob medida, sobretudo na pesca esportiva. Cerca de 70% dos hóspedes são norte-americanos e a receita anual do empreendimento é de R$ 10 milhões.

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