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No Amazonas, mulheres superam violências e conquistam certificação no Ensino Médio com apoio do poder público

Cerimônia de formatura celebra a vitória de mulheres que enfrentaram adversidades e agora sonham com a universidade

Nesta quarta-feira (23/10), véspera do aniversário de 355 anos da cidade de Manaus, um sonho antigo se tornou realidade para 16 mulheres manauaras, que superaram desafios pessoais e sociais para concluir o Ensino Fundamental e Médio. A cerimônia de formatura, realizada no histórico Palacete Provincial, no centro da cidade, marcou o encerramento de uma etapa e o início de novas conquistas para essas mulheres.

A iniciativa, apoiada pelo governo do Amazonas, é parte de um esforço conjunto entre a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e a Secretaria de Educação e Desporto Escolar.

Uma das histórias que emocionaram a plateia foi a de Sarah da Costa Silva, de 21 anos. Após engravidar na adolescência e enfrentar abusos, ela encontrou no Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) o apoio necessário para retomar os estudos. Agora, ela celebra não apenas a conquista do diploma, mas também o início de uma nova jornada.

“Fico feliz em dizer que sou a mais nova caloura de Direito para 2025”, afirmou, emocionada. Sarah planeja usar seu futuro diploma para lutar por justiça para si e para outras mulheres que passaram por situações semelhantes.

O evento contou com a presença de familiares, autoridades e representantes do Cream, que se dedica a apoiar mulheres em situação de vulnerabilidade e violência, oferecendo meios para que elas possam estudar e adquirir independência. A secretária executiva de políticas para as mulheres, Lilian Gomes, destacou que esta foi a terceira edição da formatura e que mais turmas estão previstas.

“A educação empodera essas mulheres e abre novas possibilidades. É um orgulho ver que muitas delas já estão pensando no ensino superior”, ressaltou.

Para Janilce Negreiros, coordenadora da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a iniciativa vai além da sala de aula. “Certificar essas mulheres não é apenas dar um diploma; é abrir portas para novos horizontes, resgatar a cidadania e melhorar a vida de suas famílias,” explicou. A cerimônia, carregada de simbolismo e emoção, reforça o compromisso do governo em apoiar essas mulheres a superar barreiras e construir um futuro com mais oportunidades.

Fotos: Lincoln Ferreira/Sejusc

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