DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Brasil ganha reforço internacional para preservar Amazônia com apoios da Noruega e EUA

Contribuições de US$ 60 milhões e US$ 50 milhões destacam liderança brasileira na redução do desmatamento e ampliam financiamento ao Fundo Amazônia

Dois importantes anúncios marcaram o domingo (17/11) para o Fundo Amazônia, um dos principais mecanismos de financiamento de ações voltadas à preservação da floresta. Durante a Conferência Global Citizen Now: Rio de Janeiro, o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, anunciou uma doação de US$ 60 milhões (cerca de R$ 348 milhões). No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Manaus, revelou a doação de US$ 50 milhões, elevando o total de contribuições americanas ao fundo para US$ 100 milhões.

Os anúncios ocorrem em um momento em que o Brasil registra avanços significativos na preservação da floresta, com uma redução de 31% no desmatamento da Amazônia em 2023, segundo dados do Projeto Prodes/Inpe.

Reconhecimento ao compromisso brasileiro

A Noruega, principal doadora histórica do Fundo Amazônia, destacou os resultados do Brasil no combate ao desmatamento. “O sucesso do Brasil é uma prova clara das ambições e da determinação do governo Lula. Mostra como medidas direcionadas podem gerar resultados importantes para o clima e a natureza,” afirmou o primeiro-ministro Støre.

Nos Estados Unidos, Biden ressaltou a importância da Amazônia no combate às mudanças climáticas e o papel de liderança do Brasil. “Estamos ajudando a proteger um dos ecossistemas mais importantes do planeta, essencial para o clima e a natureza global,” afirmou durante seu discurso em Manaus.

Avanços e metas ambientais

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, celebrou os anúncios como uma demonstração de confiança internacional no compromisso do Brasil com a preservação ambiental.

“A Noruega e os Estados Unidos reforçam que o Fundo Amazônia é um modelo de governança e resultados. Isso fortalece nosso trabalho e incentiva novos avanços,” declarou Mercadante.

De acordo com o BNDES, o desmatamento na Amazônia alcançou em 2023 o menor índice desde 2015, sendo o quinto menor desde o início das medições, em 1988. O Brasil mantém como meta zerar o desmatamento até 2030, objetivo fundamental para a maior floresta tropical do mundo, que desempenha papel crucial na regulação climática global.

Fundo Amazônia e impacto socioambiental

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou o impacto do fundo, que já aprovou R$ 882 milhões em projetos este ano. “O Fundo Amazônia é uma ferramenta essencial para ações que combinam proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e inclusão social,” afirmou.

Além de iniciativas de preservação, os recursos do fundo são usados para fomentar a bioeconomia e apoiar comunidades tradicionais, fortalecendo o papel da Amazônia como um ativo estratégico no combate às mudanças climáticas.

Cooperação internacional em destaque

A parceria com a Noruega, iniciada em 2008, e o recente envolvimento dos Estados Unidos reforçam a importância do Fundo Amazônia como um modelo de cooperação internacional.

Com o aumento das contribuições, o Brasil consolida sua posição como líder global na preservação ambiental e garante suporte financeiro para ampliar suas ações climáticas, assegurando um futuro sustentável para a floresta e para o planeta.

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