Versos da Floresta: Exposição celebra culturas indígenas amazônicas em Manaus
Mostra reúne arte, saberes e ancestralidade no coração da cidade e convida o público a mergulhar na diversidade dos povos originários da Amazônia
Em tempos de urgência climática e apagamentos culturais, a arte se torna ainda mais essencial como ferramenta de resistência, memória e reconexão. É com esse espírito que a Prefeitura de Manaus abre, nesta terça-feira (6/5), a exposição “Uni[VERSOS] Culturais Indígenas Amazônicos”, uma imersão sensível no universo simbólico, estético e ancestral dos povos originários da floresta.
A mostra será lançada no Espaço da Cidadania Ambiental (Ecam), no piso Açaí do Manauara Shopping, e é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio da Coordenadoria das Ocas do Conhecimento Ambiental, o próprio Ecam e a Vara do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Amazonas (Vema/TJ-AM).
Mais do que uma exposição, o projeto é um gesto de afirmação da riqueza cultural indígena. Reunindo artistas indígenas e não indígenas, a mostra dialoga com diversas linguagens — da fotografia à pintura, da arte plumária aos objetos ritualísticos — para narrar os múltiplos modos de vida dos povos da Amazônia.
A curadoria convida o visitante a percorrer um território de beleza e resistência, onde se entrelaçam culinária tradicional, adornos sagrados, pinturas corporais, vestimentas cerimoniais e elementos simbólicos que expressam a cosmovisão indígena. Cada obra é um fragmento de um universo que insiste em sobreviver, mesmo diante de séculos de violência, omissão e silenciamento.
“Uni[VERSOS] Culturais Indígenas Amazônicos” propõe uma travessia poética por memórias vivas, destacando a importância de reconhecer os saberes indígenas como parte fundamental do patrimônio material e imaterial do Brasil. Mais do que contemplar, a proposta é provocar reflexão sobre pertencimento, justiça social e o futuro da Amazônia.
A entrada é gratuita, e a exposição estará aberta ao público no horário de funcionamento do shopping, democratizando o acesso à arte e ao conhecimento ancestral em um dos espaços mais movimentados da capital amazonense.