Festival da Cunhã toma conta da Arena da Amazônia neste sábado com protagonismo feminino e amazônico
Com entrada a partir das 18h, evento traz vozes inspiradoras, arte e cultura em celebração à força das mulheres da floresta
Manaus será palco, neste sábado (24/5), de uma noite dedicada à força, à arte e ao pensamento das mulheres da Amazônia. O Festival da Cunhã acontece na Arena da Amazônia, com abertura dos portões às 18h e classificação indicativa de 15 anos, reunindo um verdadeiro encontro de saberes, ancestralidade, música e transformação social.
Idealizado por Isabelle Nogueira, cunhã-poranga do Boi Garantido e ex-BBB, o festival traz ao centro do debate a valorização da cultura amazônica sob a perspectiva feminina. O nome do evento, “Cunhã”, vem do tupi e significa “mulher” — e é exatamente esse espírito que move o festival: celebrar e fortalecer as vozes que brotam da floresta.
Este ano, o evento recebe duas presenças potentes e simbólicas: a comunicadora e pesquisadora Nátaly Neri e a jornalista, escritora e ativista Maíra Azevedo, a popular Tia Má. Reconhecidas por suas atuações na luta por equidade racial e de gênero, ambas vêm somar ao propósito do Festival da Cunhã: ser espaço de escuta, reflexão e visibilidade.
Para Tia Má, o evento revela a importância de reconhecer os saberes locais: “A potência do Festival da Cunhã está em reunir vivências que muitas vezes ficam à margem dos grandes centros. É sobre reconhecer que a Amazônia também pensa, sente e propõe caminhos para o Brasil”.
“Estar na Amazônia, ao lado de uma cultura tão potente, é uma oportunidade de troca e escuta que me emociona. O Festival da Cunhã é um coletivo por visibilidade, dignidade e futuro”, afirma Nátaly Neri.
Música, ancestralidade e cuidado com o planeta
O line-up do festival reforça o compromisso com o protagonismo regional e feminino. Entre as atrações estão Maiara & Maraisa, Márcia Siqueira, Hadail Mesquita, George Japa, DJ Aya, Israel Paulain, Mady e seus Namorados e Edilson Santana, em apresentações que misturam ritmos populares e tradições amazônicas.
Além das atrações artísticas, o festival incorpora ações de impacto social e ambiental. Em parceria com a startup Tree Earth e comunidades ribeirinhas, será feita a plantação de 758 árvores nativas, compensando a emissão de carbono gerada pelo evento. A entrada é gratuita, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível, e há também ingressos sociais pagos, com parte da renda revertida a causas comunitárias.
Produzido pela Pump Entertainment, com apoio da agência Mynd, o Festival da Cunhã se consolida como um dos eventos mais significativos do calendário cultural da região Norte, abrindo espaço para o diálogo entre diferentes saberes e colocando a Amazônia no centro da conversa nacional sobre sustentabilidade, cultura e equidade.
