União Progressista se instala no Amazonas e reforça articulação para 2026
Federação entre União Brasil e PP consolida liderança local de Wilson Lima, Roberto Cidade e George Lins, intensifica defesa da agenda amazônica e sinaliza ruptura planejada com o governo Lula rumo à sucessão presidencial
Manaus (VA) — A recém-estreada federação União Progressista (União Brasil + PP), formalizada nesta terça-feira (19/8), em Brasília, se instala no cenário político do Amazonas com ambições claras: fortalecer a representatividade regional e pavimentar caminho eleitoral com foco em 2026.
No Estado, a União Progressista nasce com forte liderança. O governador Wilson Lima assume a coordenação local do bloco, sinalizando articulação direta com o governo federal e protagonismo político. Na Assembleia Legislativa, o presidente Roberto Cidade (União Brasil), que já conquistou expressiva votação histórica, assume papel central na consolidação da nova força política no parlamento estadual.
Paralelamente, o deputado estadual George Lins, líder do União Brasil na ALE-AM, reafirma que a federação será fator determinante para emplacar pautas estratégicas, incluindo a defesa da Zona Franca de Manaus e a pavimentação da BR-319 — reivindicações históricas da bancada estadual.
O arranjo partidário traz à tona uma operação política de alcance nacional: são 109 deputados federais e 15 senadores, consolidando a maior bancada no Congresso Nacional — e com isso, ganham força e capacidade de negociação para demandas regionais.
Como estratégia eleitoral, a federação mantém seus membros no governo de Lula até abril de 2026, prazo legal de desincompatibilização, mesmo que os presidentes dos partidos tenham sinalizado rompimento com o Executivo.
Já mirando a sucessão presidencial, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), desponta como pré-candidato presidencial do bloco, enquanto o PP — tradicional aliado da centro-direita — pode abastecer uma alternativa moderada. A definição formal sobre a candidatura caberá à direção nacional da federação.
Desdobramentos
Para o Amazonas, a federação representa maior capilaridade política e promessa real de ampliação de recursos e atenção federal — desde infraestrutura até incentivos industriais. Em Brasília, a nova federação aparece como potência política com capacidade de influenciar não só a sucessão presidencial, mas também as políticas públicas vindouras.
