Potássio do Brasil firma alianças em Autazes para desenvolvimento sustentável
Memorandos de Intenções com instituições do Amazonas unem educação, economia e meio ambiente no avanço do Projeto Potássio Autazes
O município de Autazes, a 120 quilômetros de Manaus, vive um momento decisivo para seu futuro socioeconômico e ambiental. A Potássio do Brasil, subsidiária da Brazil Potash Corp., assinou sete Memorandos de Intenções (MOUs) com instituições estratégicas do Amazonas para impulsionar o Projeto Potássio Autazes, considerado um dos mais relevantes empreendimentos minerais do país. Os acordos foram firmados na última sexta-feira (29) e reúnem ações que vão da qualificação de mão de obra local à diversificação da economia, alinhadas às melhores práticas de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental.
A iniciativa fortalece mais de 30 programas socioeconômicos e ambientais que serão implementados na região, ampliando o alcance de políticas voltadas à formação profissional, inovação tecnológica e proteção ambiental. Entre os parceiros estão a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Instituto Federal do Amazonas (IFAM), o CETAM, o Sebrae-AM, o Senai-AM, o Senar-AM e a Secretaria Estadual de Energia, Mineração e Gás (SEMIG).
Economia, empregos e formação de profissionais
O CEO da Brazil Potash, Matt Simpson, destacou que o empreendimento deve gerar entre 2, 6 mil e 6 mil empregos durante a fase de construção, com duração prevista de quatro anos. Na operação plena, estima-se a criação de 1, 3 mil empregos diretos e cerca de 13 mil indiretos. “É fundamental preparar a comunidade para que essas vagas se mantenham ao longo de toda a operação. A capacitação será ampla e envolverá diversas funções”, afirmou.
Para Raphael Bloise, presidente da Potássio do Brasil, os acordos firmados consolidam um marco no processo de desenvolvimento regional. “Essa onda positiva não é apenas econômica, mas social, envolvendo todos os munícipes e o povo Mura. Estamos abrindo caminhos para que as oportunidades cheguem de forma concreta e sustentável”, reforçou.
Educação como motor de desenvolvimento
A vice-reitora da UEA, professora Kátia Couceiro, sublinhou o papel da educação na transformação social da região. “Nossa universidade sempre buscou interiorizar o ensino e levar inovação às comunidades. Essa parceria representa responsabilidade e expectativa, porque onde há educação, há desenvolvimento”, disse.
Esse eixo educacional é visto como estratégico para garantir mão de obra qualificada, fortalecendo tanto a operação da futura mina quanto atividades econômicas paralelas, como agricultura sustentável, serviços e comércio.
Sustentabilidade e protagonismo indígena
O Projeto Potássio Autazes está em fase de implantação e cumpre as condicionantes estabelecidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Entre as ações em curso estão monitoramento arqueológico, resgate de fauna e preparação do terreno, essenciais para dar início à terraplanagem e às obras civis.
Além do compromisso ambiental, a empresa apoia a elaboração do Plano Bem Viver Mura, conduzido pelo Conselho Indígena Mura (CIM). O plano é fruto da Consulta Livre, Prévia e Informada, aprovada por 97% da comunidade indígena em 2023, o que reforça o protagonismo do povo Mura na condução do processo.
Estratégia nacional e segurança alimentar
Com a entrada em operação, o Projeto Potássio Autazes deve reduzir em cerca de 20% a dependência brasileira de importação de fertilizantes, considerado fator estratégico para a segurança alimentar do país. Paralelamente, a empresa firmou acordo de US$ 200 milhões com a Fictor Energia para garantir o fornecimento de energia de longo prazo ao empreendimento, sinalizando confiança de investidores internacionais.
Ao unir economia, sustentabilidade e inclusão social, o projeto se projeta como uma das mais importantes iniciativas de mineração responsável na Amazônia, capaz de reposicionar Autazes no mapa do desenvolvimento sustentável brasileiro.
Da redação
