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Entre saudade e gratidão, Manaus eterniza na arte o legado da pandemia com o Anjo da Esperança

Vice-prefeito Renato Junior e o secretário Sabá Reis conduzem a inauguração da praça no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, marcada por ato ecumênico, orações e cânticos em homenagem às vítimas da Covid-19

A emoção tomou conta do Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus, na noite do último sábado (1º/11). A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), inaugurou a Praça do Anjo da Esperança, espaço criado em homenagem às vítimas da pandemia da Covid-19 e aos profissionais da saúde que enfrentaram, com coragem, um dos períodos mais desafiadores da história recente.

No centro da praça, a escultura de três metros de altura — o “Anjo da Esperança” — ergue-se como um símbolo de fé e renascimento. Criado pelo gari e escultor Luiz Cláudio Azevedo da Silva, o Luizinho, o monumento retrata um anjo com máscara facial e um par de pulmões nas mãos, representando o respiro da humanidade e o sopro da vida.

Durante a cerimônia, o vice-prefeito Renato Junior conduziu o ato ao lado do secretário Sabá Reis, e destacou a dimensão humana da homenagem:

“Esta obra é um gesto de amor e respeito. Aqui está o símbolo da nossa fé, da nossa gratidão e da força dos que não desistiram de cuidar da cidade e do próximo”, declarou Renato.

Fé que une e conforta corações

A inauguração foi marcada por um ato ecumênico que reuniu líderes religiosos de diferentes denominações.
O pastor Disraele Almeida, representando as igrejas evangélicas, e o padre Marcos Aurélio, da Arquidiocese de Manaus, conduziram orações e cânticos que emocionaram o público.

O momento de fé foi acompanhado por músicas religiosas e mensagens de esperança, transformando o espaço em um verdadeiro encontro de espiritualidade e comunhão.

“O Anjo da Esperança é o símbolo do amor que supera a dor. Que este lugar continue a ser um abrigo de paz para todas as famílias”, disse o pastor Disraele durante a celebração.

Memória viva das vítimas e heróis da pandemia

O Cemitério Nossa Senhora Aparecida guarda a memória de mais de 4,6 mil vítimas da Covid-19 em Manaus, entre elas profissionais da saúde, garis, professores e trabalhadores essenciais que mantiveram a cidade de pé.

A praça foi inteiramente construída por servidores da Semulsp, com materiais reaproveitados e técnicas de sustentabilidade. O secretário Sabá Reis ressaltou o empenho das equipes e o significado coletivo da obra:

“O Anjo da Esperança nasceu das mãos e do coração dos nossos servidores. É uma homenagem a quem partiu e um lembrete de que a solidariedade também salva vidas”, afirmou.

Arte, fé e sustentabilidade em harmonia

Além da escultura, a praça recebeu paisagismo, iluminação especial e bancos de convivência, formando um espaço de acolhimento e contemplação. A obra une arte, espiritualidade e consciência ambiental, pilares que vêm norteando a atuação da Semulsp em Manaus.

A cerimônia, acompanhada por famílias, servidores e visitantes, foi encerrada sob aplausos e cânticos religiosos. Muitos registraram o momento com emoção diante da escultura, que já se tornou ponto de peregrinação e reflexão.

Um legado para a cidade e para a memória coletiva

A Praça do Anjo da Esperança representa mais do que um espaço físico: é o reencontro de Manaus com sua história recente. A iniciativa da Prefeitura, através da Semulsp, resgata a força da fé e a beleza da arte como formas de eternizar o amor e o aprendizado deixado pela pandemia.

“Cada detalhe aqui carrega a nossa gratidão. O Anjo da Esperança é a alma de uma cidade que soube se levantar”, concluiu o vice-prefeito Renato Junior.

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