SAÚDE

Pela primeira vez, em dois meses, diminui fluxo de pacientes suspeitos de Covid-19 no HPS 28 de Agosto

Redução na procura por atendimento de pacientes suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus permitiu que o HPS 28 de agosto, fechasse uma das salas rosa para manutenção

Do total de 80 leitos existentes nas duas salas rosa do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, localizado na zona centro-sul de Manaus, nesta quinta-feira (28/5) haviam 14 ocupados. No quarto e no quinto andar da unidade hospitalar, também reservados para pacientes com Covid-19, de um total de 108 leitos, 27 estavam vazios.

Diante desse quadro, a direção do hospital informou que, após 60 dias de funcionamento, com intenso fluxo de pacientes, a segunda sala rosa, que estava vazia, seria fechada, provisoriamente, para manutenção. As 40 camas, colchões e cadeiras foram retiradas para serem lavadas, os aparelhos desligados e a sala vai receber manutenção de infraestrutura, como pinturas nas paredes e os reparos necessários. Na quarta-feira da próxima semana (03/6), a sala estará novamente montada.

“É um fato. Temos registrado queda na procura pelo hospital, daí porque estamos fazendo manutenção e deixando tudo pronto para toda e qualquer necessidade”, informou a diretora do hospital, Alessandra dos Santos.
Segundo a gestora, Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do 28 de Agosto, dos 52 leitos existentes, 14 estão desocupados. “Esses são números de hoje, que podem mudar dentro de 15, 20 dias. Por isso, estamos preparando toda a estrutura novamente para qualquer futura necessidade”, disse Alessandra.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), a redução na demanda de pacientes tem sido observada em toda a rede de urgência e emergência da capital. No Hospital e Pronto-Socorro (HPS) João Lúcio Machado, na zona leste, uma enfermaria de 11 leitos, antes destinada a pacientes com Covid-19, foi higienizada e devolvida para o atendimento de rotina da unidade.

Na quarta-feira (27/05), havia 31 pacientes com Covid-19 internados no João Lúcio, sendo 17 em leitos clínicos e 14 em UTI. Em 1º de maio, eram 65 pacientes internados, sendo 51 em leitos clínicos e 14 em UTI.

Ainda de acordo com a Susam, nos Serviços de Pronto Atendimento (SPA) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o número de entradas de pacientes Covid-19 vem caindo. A taxa de ocupação das salas de emergências caiu de 72%, índice registrado em 1º de maio, para 19% nesta quarta-feira. Conta para isso também a reorganização da assistência que passou a transferir com mais agilidade os pacientes dessas unidades para os hospitais maiores.

A Susam acompanha a movimentação nas unidades de urgência e emergência para redefinir os fluxos dos hospitais. A ideia é que, com a redução na demanda de Covid-19, as unidades possam retomar, aos poucos, os atendimentos de rotina.

Segundo informou o governador Wilson Lima, em entrevista na quarta-feira, no lançamento da reforma do HPS João Lucio Machado, a ideia é concentrar as internações em dois hospitais de referência para Covid-19, que foram ampliados. Um deles é o Delphina Aziz, que teve o número de leitos ampliados de 134, no início da pandemia, para 350. O outro é o Hospital de Combate à Covid-19 Nilton Lins, aberto para atendimento exclusivo de Covid-19. A unidade conta hoje com 148 leitos.

“Em algum momento, a nossa ideia é não mais encaminhar para o 28 de Agosto, para o João Lúcio pacientes Covid e concentrar no Delphina Aziz e Nilton Lins. Até para que a gente possa retomar a nossa rotina de cirurgias eletivas e outros procedimentos porque as pessoas continuam tendo outros problemas de saúde que antes tinham. São questões que ainda vamos reavaliar enquanto as coisas vão acontecendo”, afirmou o governador.

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