COLUNASOreni Braga

OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA PARA O TURISMO MUNDIAL

por Oreni Braga

A Organização Mundial do Turismo (OMT) diante da constatação de que houve uma redução significativa, na ordem de 70% no fluxo do turismo internacional, elaborou um Guia que definiu um conjunto de protocolos de segurança visando resgatar a confiança do turista e reaquecer a economia mundial do setor.

O Guia foi elaborado com a participação dos países membros do Comitê Global de Crise no Turismo da OMT, do qual o Brasil faz parte, e várias entidades mundiais como a Organização Mundial d Saúde (OMS), Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA), entre outras.

Os protocolos de segurança objetivam reduzir os riscos de contaminação para o passageiro ou hóspede que se desloca de seu país para outro, os quais incluem algumas medidas essenciais tais como: uso de máscaras durante todo o voo (se for voo de longa duração ou viagem em cruzeiros, aproveite e leve mais de uma máscara), distanciamento físico, aferição de temperatura, fornecimento de kits de higiene, além da limpeza constante dos ambientes e superfícies por onde circulam os passageiros (aeronaves, aeroportos, hotéis, navios, etc.,)

Atrelado a essas medidas da OMT, o Ministério do Turismo criou uma Cartilha que adota as medidas protocolares de segurança sanitária aos turistas, e lançou o um selo denominado “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” que inclui as boas práticas de segurança para 15 segmentos do setor (Restaurantes, Cafeterias, Bares e Similares; Agências de Turismo; Meios de Hospedagem; Parques Temáticos, Transportadoras Turísticas; Locadoras de Veículos para Turistas; Acampamentos Turísticos; Guias de Turismo; Parques Temáticos, Aquáticos e Empreendimentos de Entretenimento e Lazer; Organizadoras de Eventos; Marinas e Empreendimentos de Apoio ao Turismo Náutico ou Pesca Desportiva; Casas de Espetáculos e de Animação Turística; Centros de Convenções e Exposições, Feiras e Similares, entre outros.

Para que o empreendimento obtenha o selo deve cumprir com todas as recomendações protocolares, as quais estão distribuídas em: Protocolo Básico e Protocolos Específicos. No caso da Hotelaria, os Protocolos são em maior escala: Protocolos Essenciais e Transversais, Protocolos Específicos no Caso de Contaminação do COVID-19, e Protocolos Meios de Hospedagem por Setor.

O acesso ao cadastramento e obtenção do selo, pelo prestador de serviço, está disponível no site do Ministério do Turismo e pode ser impresso imediatamente. O selo deve ser afixado em local de fácil visibilidade ao cliente.

De acordo com o Ministério do Turismo, o próprio turista é quem irá avaliar se o empreendimento está ou não cumprindo com as recomendações constantes no selo.

No entanto, nós entendemos que, além da avaliação que o turista fará nos empreendimentos, os órgãos de turismo (estaduais e municipais), em parceria com os entes de fiscalização sanitária, devem monitorar o funcionamento desses prestadores de serviço, como trabalho de prevenção.

Afinal, basta que o turista identifique apenas um desses prestadores de serviços que não esteja atendendo as recomendações dos protocolos, para se sentir inseguro e manifestar a sua insatisfação a dezenas de outros. Lá se foi o destino!

Nessas alturas da pandemia, não podemos vacilar e agir de improviso, pois é a vida de milhares de pessoas, nas mãos de poucos.  

Por certo, essa será uma tarefa pouco fácil para os entes públicos e para os empresários, mas é assim que se comportará o Turismo no Novo Normal!


Oreni Braga é Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental, Especialista em Ecoturismo, Planejamento e Gestão de Parques e Design de Ecolodges.


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