Antonio Siemsen MunhozCOLUNAS

Saiba o que é TI

Se você não sabe o que é Tecnologia da Informação corra em busca do dicionário mais próximo ou leia este texto

Por Antonio Siemsen Munhoz

Quem gostava, gosta ainda mais. Quem somente aceitava está prestes a gostar. Quem não gostava agora se vê obrigado a aceitar e até a gostar da tecnologia da informação. Sua fama de exterminadora de empregos do passado e criação de novos empregos no presente e no futuro próximo aumenta cada vez mais.

Ela pode fazer muito por você

Certamente a TI ajuda pessoas em muitas e diferenciadas situações. Em contrapartida exige efetivação do pensamento crítico. Aqui o dicionário também deve ser consultado. Esta competência é exigida do profissional da informação e da comunicação. Ele é mais comumente chamado de profissional do conhecimento. O termo foi cunhado e divulgado por Peter Drucker[i] um dos grandes pesquisadores na área da administração. É possível imaginar que ele deve estar organizando empresas lá no céu. Se de lá viemos e para lá retornaremos (do pó viestes, ao pó voltarás) é de se esperar que tudo deva ser parecido. O fato decorre do exagerado apego ao antropomorfismo mostrado pelo ser humano. Um pouco menos de corrupção e um pouco mais de desapego ao material e de amor ao próximo seriam desejáveis.

Mudança de perspectiva

Existiu um tempo pretérito no qual não se gostava e até, em certos casos, se detestava, a sigla de uma nova metodologia que retirou a todos de suas zonas de conforto. As reclamações eram frequentes a cada utilização. Em um repente a pandemia chegou. Junto vieram nomes complicados. A ciência e os cientistas voltaram para a ribalta. É um lugar no qual suas imagens não cabem tão bem quanto o fazem nos laboratórios e nas salas de estudo,  Nos quais, preferencialmente, não sejam politicamente utilizados. Como consequência esta sigla voltou a ser extensivamente utilizada. É sempre assim em tempos de crise. Sem importar o tipo de negócio envolvido. A tal sigla, TI – Tecnologia da informação ou TIC – Tecnologia da Informação e comunicação chegou para ficar. O adjetivo nova foi abolido. Era de se esperar já que estamos tratando de uma senhora de quase oitenta anos (tudo na TI começou nos idos dos anos 1944, quando a IBM estava a caminho de se tornar uma das gigantes na combinação computadores e informação).  O mundo começou a viver a era pós-industrial – a era da sociedade do conhecimento. Tudo gira em seu entorno gravitacional. Por isto mesmo as pessoas que querem continuar competitivas se obrigam a gostar dela. A época é dos conectados. O ditado – se correr o bicho pega, se ficar o bicho come – ganha significado.

O valor financeiro 

A posse da informação passou a ser a moeda de troca. Menor poder quem não tem acesso a ela e maior poder para quem a detém. Posse de informação é  sinônimo de riqueza. Ela dá elevado nível de competitividade para a empresa e para o profissional que sabem utilizar. Eles são postos como comandantes de uma nau que caminha por mares nunca dantes navegados. Imprensa, rádio, telefone, televisão, internet e a tecnologia da informação são tidas como as novas estrela  do show. São elas que dominam a criação de iniciativas de sucesso aplicada a todos os campos do conhecimento humano. Se algum dia ela foi modismo (quase uma certeza  no mercado corporativo) esqueça. Atualmente ela se encontra em uma fase de prestígio crescente posta como a centralizadora que alavanca e transforma todas as atividades sociais e econômicas.

O que mais você precisa saber

Só o que foi dito até aqui já comprova a necessidade de reserva de um tempo de formação para conhecer a TIC. Na vida digital está sendo renomeada para TDIC – Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação. Ao invés de se mostrar espantado com a velocidade com que as coisas acontecem, melhor seria colocar uma quinta, sexta ou sétima marchas, dando ao carro maior velocidade. Ela é necessária para acompanhar a evolução tecnológica. De quebra ela pode levar você junto a ter um maior conhecimento sobre o que na realidade você deve conhecer. A primeira pergunta na esteira desta afirmação é unânime: todos perguntam – o que devo aprender? Nada melhor do que seguir um decálogo considerado como parte integrante do perfil do profissional do conhecimento.

A primeira lei é estar apto a desenvolver a busca de informações em locais nos quais ela seja fidedigna (data mining). A segunda lei é saber como e onde armazenar os dados captados (data warehouse). A terceira lei é aprender a ler todos os dados captados e armazenados. A quarta lei é aprender a interpretar o texto lido. A quinta lei é apurar o senso crítico utilizado para escolher as informações mais adequadas. A sexta lei é saber reorganizar os dados coletados e armazenados para criar novas informações de apoio à tomada de decisões. A sétima lei é saber utilizar, de forma combinada, todos os elementos anteriormente citados. A oitava lei é saber interpretar as informações estruturadas e as reestruturando caso se mostre necessário (Data Analysis). A nona lei é compreender  e reconhecer a importância de cada elemento envolvido no processo. A décima lei diz que cada macaco deve ocupar o seu galho.  Com relação a esta última lei ela está colocada para evitar o erro de transformar tecnólogos em professores e professores em tecnólogos.

É preciso saber como utilizar as novas tecnologias sem que seja necessário desenvolver estas propostas via análise e programação.


[i] DRUCKER, Peter. The new realities. U. K. Routledge, 2017.

Antonio Siemsen Munhoz é Doutor em Engenharia de Produção, Bacharel em Engenharia Civil, Especialista em Tecnologias Educacionais, Pós-graduado em Gestão Eletrônica de Documentos, com MBA em Design Thinking


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