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Desemprego no Amazonas alcança taxa de 18,8% e já é a terceira maior do País, diz IBGE

A taxa é a terceira maior do país. No total, 312 mil pessoas estavam desempregadas no Estado. Além disso, 708 mil pessoas (52,7% do total de ocupados) estão na informalidade.

Em outubro, a taxa de desocupação, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios COVID19, chegou a 18,8% no Amazonas, a maior da série histórica da pesquisa, iniciada em maio. Isso corresponde a 312 mil pessoas sem trabalho no Estado, uma variação de 0,6 ponto percentual na comparação com setembro (18,2%); variação de 3,7 pontos percentuais em relação a junho, e de 6,8 pontos percentuais em relação a maio. A taxa de participação na força de trabalho registrou 55,0% e o nível de ocupação foi 44,7%, ou seja, menos da metade da população em idade de trabalhar tinha ocupação. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (01/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de pessoas que estavam na força de trabalho e as pessoas não ocupadas, que não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar, era de 2,30 milhões. O número de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade continua com tendência de queda, partindo de 560 mil, em maio, para 386 mil, em outubro.

Com a taxa de desocupação 18,8%, em outubro, o Amazonas é a terceira unidade da federação com a maior taxa de desocupação. As maiores taxas foram as do Maranhão (19,9%), Bahia (19,5%) e Amazonas (18,8%). E as menores taxas as de Santa Catarina (7,7%), Rondônia (8,7%) e Mato Grosso (9,7%).

Pessoas Ocupadas

No Amazonas, havia 1,34 milhão de pessoas ocupadas em outubro, dentre as quais, 490 mil (36,5%) eram pessoas que trabalhavam por conta própria, 326 mil (24,3%) pessoas ocupadas no setor privado e com carteira assinada e 141 mil (10,5%) eram militares e servidores estatutários. Em relação ao trabalhador doméstico, a maioria desses eram trabalhadores sem carteira assinada (41 mil pessoas). Já o número de pessoas ocupadas como trabalhador familiar auxiliar foi de 109 mil pessoas, em outubro. 

Ocupação por atividade

Em relação ao grupamento por atividade, do total de pessoas ocupadas em outubro, no Amazonas (1,34 milhão de pessoas), 265 mil pessoas estavam ocupadas na Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 208 mil pessoas ocupadas no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, 200 mil pessoas ocupadas Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e 133 mil pessoas na indústria geral; sendo que desses, 115 mil pessoas na indústria de transformação.

Das 1,34 milhão de pessoas ocupadas em outubro de 2020 no Amazonas, 708 mil pessoas estavam ocupadas na informalidade, superando as 641 mil pessoas ocupadas em maio, significando que mais da metade das pessoas ocupadas (52,7%) estavam na informalidade.

No Amazonas, dos 1,34 milhão de ocupadas em outubro, 80 mil pessoas ainda permaneciam ocupadas e afastadas do trabalho, número menor que vem decrescendo desde o início da pesquisa, em maio. Dessas pessoas, 50 mil ainda estavam afastadas do trabalho por conta do distanciamento social e 30 mil estavam afastadas por motivo diferente do distanciamento social.

No Amazonas, foi verificado que entre os ocupados que estavam afastados do trabalho (80 mil pessoas), aproximadamente 21 mil deixaram de receber remuneração do trabalho e 59 mil pessoas continuaram a receber a remuneração. 

Das 1,34 milhão de pessoas ocupadas no Amazonas, 1,26 milhão não estavam afastadas do trabalho que tinham. Dessas pessoas, 47 mil trabalharam na forma remota, ou seja de 3,7%, uma queda de 0,5 ponto percentual. 

Auxílio emergencial e rendimento médio real recebido

Em outubro, cerca de 58,7% de domicílios no Amazonas receberam algum auxílio emergencial de, em média, R$ 691,00. O percentual é 2,2 pontos percentuais inferior ao registrado em setembro, e 3,3 p.p. inferior ao de agosto.

No Amazonas, o rendimento médio real efetivamente recebido, de todos os trabalhos das pessoas ocupadas, foi de R$ 1.690,00. Já o rendimento real domiciliar per capita médio efetivamente recebido foi de R$ 797,00. A massa de rendimento médio real efetivamente recebido de todos os trabalhos foi de R$ 2,09 bilhões.

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