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Mais de 62% dos pacientes do programa Pé Diabético também sofrem de Hipertensão, no Amazonas

Dado faz parte do perfil epidemiológico de pacientes do programa, elaborado pela Associação Segeam

A maioria dos pacientes atendidos no programa Pé Diabético, oferecido em policlínicas da rede pública de saúde do Amazonas, que trata lesões em membros inferiores decorrentes do Diabetes, também sofre de Hipertensão. A prevalência dessas comorbidades é um dos dados do Perfil Epidemiológico de pacientes do programa, elaborado pela Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), maior prestadora de serviços de enfermagem do SUS no Estado e responsável pela iniciativa.

O levantamento foi realizado em 2022 em quatro policlínicas, vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), que contam com Laboratório de Lesões do Pé Diabético. Com o Perfil Epidemiológico, a Segeam busca entender as características da população atendida e reforçar as ações de orientação quanto à prevenção e controle de doenças. 

Os dados apurados mostram, ainda, que há predominância de pacientes acima de 60 anos e do sexo masculino.

Comorbidades

Conforme o perfil epidemiológico, 62,2% dos pacientes admitidos nos Ambulatórios de Lesões das Policlínicas Codajás, Danilo Correa, José Lins e Zeno Lanzine, também sofrem de Hipertensão Arterial Sistêmica; seguido de 13,5% com história de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 10,8% de cardiopatias.

Segundo a supervisora do programa Pé Diabético, a enfermeira estomaterapeuta Hanna Carvalho, a falta de hábitos de vida saudáveis e, consequentemente, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, são fatores de risco associados a tais comorbidades.

Faixa etária e sexo

O perfil epidemiológico de pacientes do programa Pé Diabético também aponta que 54,3% têm mais de 60 anos. Os dados confirmam estudos que mostram que a prevalência de Diabetes Mellitus e doenças vasculares aumenta com a idade do paciente, da mesma forma que as complicações quando não controladas.

Em relação ao gênero dos pacientes, a maioria é do sexo masculino nas policlínicas Codajás (63%) e José Lins (72%) e do sexo feminino nas policlínicas Danilo Corrêa (63%) e Zeno Lanzini (66%).

Pé Diabético

O programa Pé Diabético adota uma abordagem multidisciplinar principalmente para que o paciente busque hábitos saudáveis e tenha melhor qualidade de vida. Dessa forma, os atendimentos são feitos por uma equipe multidisciplinar, que inclui enfermeiros especialistas, angiologistas, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e estomaterapeutas.

Iniciativas como o levantamento do perfil epidemiológico também fazem parte da gestão do programa, visando a atualização constante de protocolos para ampliar a eficácia do tratamento e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes com lesões nos membros inferiores decorrentes do Diabetes.

O programa também reduz a necessidade de amputações e internações em razão das lesões, diminuindo o custo para a rede pública de saúde.

Fotos: Divulgação Segeam

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