AMAZONASCULTURADESTAQUE

Conferência homenageia artistas que fizeram história na luta pela democratização do direito à Cultura no Amazonas

Entre os homenageados, escolhidos por meio de votação, estão Thiago de Mello, Nestor Nascimento, Arlindo Junior, Flávio Soares, Conceição Souza, Gabriel Gentil, e Chico Cardoso

Conselheiros de Cultura do Amazonas, elegeram, por meio de votação, os artistas e militantes da cultura já falecidos que serão homenageados dando nome aos seis eixos temáticos que irão compor Conferência Estadual de Cultura, que chega à sua terceira edição nos dias 21, 22 e 23 de janeiro, no Centro de Convenções Vasco Vasques.

A Conferência Estadual de Cultura vai somar mais de 20 horas de atividades nos três dias, reunindo representantes do Ministério da Cultura (MinC) e mais de 150 delegados eleitos e homologados no interior do estado e capital, durante as Conferências Municipais de Cultura. A programação se estenderá das 9h às 18h, restrita aos grupos de trabalho, para elaboração de propostas que irão compor o Plano Estadual de Cultura.

Após às 18h, atrações musicais e artísticas sobem ao palco, todos os dias, com entrada gratuita. O evento também contará com espaço kids e gastronômico.

Participaram da votação Conselheiros Estaduais de Cultura, um representante do Ministério da Cultura (MinC) e um representante do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA). A 3ª Conferência Estadual de Cultura é promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e recebe o apoio do Conselho Estadual de Cultura.

Eixo 1 – Arlindo Junior

Para discutir a “Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura” foi eleito o cantor Arlindo Júnior como homenageado. Arlindo tornou-se um dos principais nomes do Festival Folclórico de Parintins, onde defendeu as cores do Boi Caprichoso, como levantador de toadas e apresentador. Por mais de 20 anos, Arlindo conquistou títulos e cantou toadas clássicas que embalam festas de boi-bumbá no Amazonas até os dias atuais.

Eixo 2 – Thiago de Mello

No eixo que vai tratar sobre “Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social”, será homenageado o poeta Thiago de Mello, que tem como tema central de sua obra as questões existenciais e sociais do ser humano, a luta política, o compromisso com a vida e a vasta região da Amazônia. Publicou, entre outros, os livros “Faz Escuro, mas Eu Canto”, “Canção do amor armado”, “Poesia Comprometida com a minha e a tua vida” e “Os Estatutos do Homem”.

Eixo 3 – Nestor Nascimento

O advogado, jornalista e líder pioneiro do Movimento Negro em Manaus, Nestor Nascimento, foi o escolhido para dar nome ao Eixo 3, que vai abordar “Identidade, Patrimônio e Memória”. Nestor foi fundador do Movimento Alma Negra (MOAN). Também fundou a Associação de Moradores e Amigos da Praça 14 de Janeiro e da Escola de Samba Vitória Régia. Deixou um legado na luta coletiva no combate ao racismo e qualquer tipo de violência ou discriminação contra negros e negras.

Eixo 4 – Flávio Soares

No Eixo 4, que vai discutir “Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero e Acessibilidade na Política Cultura”, o bailarino Flávio Soares será o homenageado. Flávio Iniciou sua carreira artística aos 18 anos, com a professora Rosiman Monteverde. Logo após, começou a trabalhar com a professora Conceição Souza no Grupo Gedam, onde atuou como bailarino durante muitos anos. Em 1998 ingressou no Corpo de dança do Amazonas (CDA) como bailarino, onde ficou até 2010. Em 2013 Flávio passou a atuar como Maître do Balé Folclórico do Amazonas.

Eixo 5 – Gabriel Gentil

O escritor e militante da causa indígena Gabriel Gentil, da etnia Tukano, foi o eleito para dar nome ao Eixo 5, que tratará sobre “Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade”. Gabriel Gentil trabalhou pela salvaguarda do seu povo e, consequentemente, dos povos indígenas habitantes do território brasileiro. Escreveu os livros “O resgate da mitologia Tukano” e “Povos Tukanos: cultura, história e valores”.

Eixo 6 – Chico Cardoso

O teatrólogo, coreógrafo, artista plástico, carnavalesco e folclorista Chico Cardoso dá nome ao Eixo 6: “Direito às Artes e Linguagens Digitais”. Chico Cardoso foi um dos fundadores da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam). O teatrólogo também marcou história no Festival de Parintins, em atuações nos conselhos de arte dos Bois Caprichoso e Garantido. No teatro, contribuiu com o engrandecimento da cultura local à frente do grupo Origem.

Fotos: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo