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Articulador da nova rota para o pacífico pelo eixo Manta-Manaus, Sinésio Campos comemora implantação

Com recursos assegurados no PAC, novo eixo multimodal, que permite a integração no Amazonas com o oceano pacífico, sem depender do canal do Panamá, deve começar a operar até 2026

A implantação do eixo multimodal Manta-Manaus, uma rota alternativa que permite a integração no Amazonas com o oceano pacífico, sem depender do canal do Panamá, anunciada pelo governo federal, vai reduzir em quase um mês, o tempo de transporte dos insumos do Polo Indústria de Manaus (PIM), já que boa parte deles é importada da Ásia.

A decisão do governo federal, além de aumentar a competitividade dos produtos fabricados nas indústrias instaladas no Amazonas, trazendo  novas perspectivas de crescimento para o principal modelo de desenvolvimento econômico da região amazônica – Zona Franca de Manaus (ZFM)  – coroou de êxito uma tese defendida, há mais de 15 anos, pelo deputado Sinésio Campos, um dos decanos da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O parlamentar petista, que por quase duas décadas discursou em tribunas nacionais e internacionais, promoveu seminários, encontros e debates com empresários, técnicos e agentes públicos, para mostrar a viabilidade técnica e econômica do projeto, também grande articulador político para viabilizar os investimentos junto ao governo federal, agora tem motivo de sobra para comemorar.

Os ministros do Planejamento e Orçamento Simone Tebet e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, além de confirmar a viabilidade econômica do eixo Manta-Manaus – que é um dos cinco projetos prioritários de integração do governo federal, com previsão de investimento total de 10 bilhões de dólares, assegurados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantiram que a nova rota estará pronta para operar entre 2025 ou 2026, antes do fim do atual mandato do presidente Lula.

De acordo com o deputado Sinésio Campos, os trabalhos para viabilizar o projeto começarão pela cidade de Tabatinga, no Amazonas, na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e Peru.

Primeiro, será necessário o alfandegamento do porto de Tabatinga, para ser possível realizar as operações de importação e exportação, depois, a sinalização da hidrovia e a dragagem do Rio Solimões para garantir a navegabilidade durante o ano.

“A ministra Simone Tebet garantiu que o projeto é factível, e que vai haver um esforço integrado junto aos ministérios da Fazenda e Segurança Pública para garantir que Tabatinga possa ter toda a infraestrutura necessária para garantir o funcionamento do projeto, estratégico para integrar a região de fronteira à economia brasileira e combater a ação do crime organizado.

Sinésio Campos lembra ainda que Tabatinga é uma área suframada (que está dentro da área de atuação do modelo Zona Franca de Manaus ) e, portanto,  apta a receber incentivos para novas indústrias, além disso, está em uma localização estratégica na nova rota, gerando novos postos de trabalho nas atividades portuárias e no setor de serviços.

“A execução desse projeto vai marcar um novo momento para o município”, afirma.

Rota Manta-Manaus

De acordo com o projeto defendido pelo deputado Sinésio Campos, utilizando a rota Manta-Manaus, os insumos e produtos que hoje vêm da Ásia para o Polo Industrial de Manaus, transportados por navios ou balsas, utilizando o canal do Panamá, uma viagem que leva de 41 a 60 dias, passariam a utilizar o porto de Manta, no Equador, e de lá, seguiriam  por meio rodoviário até Providência, também no Equador, seguindo em balsas até Letícia, na Colômbia. Em seguida, passaria pelo porto de Tabatinga até chegar ao porto de Manaus. Um percurso que pode ser feito em 31 a 35 dias, com uma redução de até 25 dias no trajeto.

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