Anuário de Segurança Pública aponta aumento da violência contra mulheres na Amazônia
Entre os dez estados mais violentos para as mulheres estão Amapá, Amazonas e Pará
Nesta quinta-feira (18/7), o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 revelou dados preocupantes sobre o aumento da violência contra as mulheres no Brasil. O relatório aponta um crescimento significativo nos casos de violência doméstica, feminicídio e agressões físicas, com destaque negativo para os estados da Amazônia.
O anuário destaca que o Brasil registrou um aumento de 8% nos casos de feminicídio, totalizando 1.350 mulheres assassinadas em 2023. A violência doméstica também apresentou um crescimento alarmante, com mais de 263 mil casos registrados, representando um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Entre os dez estados mais violentos para as mulheres, Amapá, Amazonas e Pará estão em posições críticas.
Os estados da Amazônia, conhecidos por seus desafios territoriais e socioeconômicos, figuram entre os mais perigosos para as mulheres:
Amapá: Ocupa uma das piores posições, com um aumento de 15% nos casos de feminicídio, somando 24 ocorrências em 2023. Os casos de violência doméstica também cresceram, alcançando 2.750 registros, um aumento de 10%.
Amazonas: Registrou 45 feminicídios em 2023, uma alta de 11% em comparação ao ano anterior. Os casos de violência doméstica subiram para 4.800, representando um aumento de 14%.
Pará: Também está entre os dez mais violentos, com um aumento de 13% nos casos de feminicídio, totalizando 50 ocorrências. A violência doméstica aumentou 11%, chegando a 5.500 registros.
Outros Estados críticos
Outros estados também apresentam índices alarmantes, entre eles, Roraima, outro da Amazônia, que registrou um aumento de 17% nos casos de feminicídio. Na sequencia vem Rio Grande do Norte, com alta de 12% nos feminicídios; Pernambuco, que registrou um crescimento de 10% nos registros de violência doméstica; Alagoas, que teve um crescimento de 9% nos casos de feminicídio; Ceará, aumentou 8% na violência doméstica; e Mato Grosso, registrou uma alta de 11% nos casos de feminicídio.
Necessidade de ações urgentes
Os dados do anuário indicam a necessidade urgente de medidas efetivas para combater a violência contra as mulheres. Investimentos em segurança pública, criação de mais delegacias especializadas, e programas de apoio psicológico e social são essenciais. Além disso, campanhas de conscientização sobre os direitos das mulheres e os canais de denúncia, como o Ligue 180, são fundamentais para encorajar as vítimas a buscar ajuda.
A proteção dos direitos das mulheres é fundamental para a construção de uma sociedade justa e segura. É crucial que governos, sociedade civil e cidadãos trabalhem juntos para reverter essa trágica realidade e garantir um futuro livre de violência para todas as mulheres.