MEIO AMBIENTE

Operação Curupira apreende madeiras ilegais em serrarias de Manacapuru, no Amazonas

Ação conjunta resultou no embargo de quatro serrarias e apreensão de 40m³ de madeira extraída ilegalmente, reforçando o combate ao desmatamento na região.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), intensificou as ações de combate a crimes ambientais na Região Metropolitana de Manaus com a Operação Curupira 2. Nesta semana, a fiscalização chegou ao município de Manacapuru (68 km de Manaus), onde quatro serrarias no bairro Morada do Sol foram embargadas e cerca de 40m³ de madeira extraída ilegalmente foi apreendida.

A ação, realizada em parceria com o Batalhão Ambiental da Polícia Militar e com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), busca reprimir atividades ilegais que contribuem para o desmatamento na Amazônia.

Durante a operação, as equipes não encontraram os responsáveis pelas serrarias. Hemógenes Rabelo, analista ambiental do Ipaam, destacou que o objetivo principal é neutralizar essas atividades, que dependem de madeira obtida de forma ilegal.

“Boa parte do desmatamento ilegal resulta na madeira usada por serrarias irregulares. Nosso foco é interromper esse ciclo, já que as queimadas muitas vezes estão relacionadas a essas práticas”, explicou Rabelo.

Após os embargos, os termos de apreensão e doação das madeiras foram emitidos, destinando o material para o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). “Essas madeiras serão utilizadas em projetos e ações sociais da 2ª Companhia de Bombeiros de Manacapuru, que desempenha diversas atividades na cidade e precisa desse tipo de recurso”, destacou o tenente do CBMAM, Janderson Teles.

Além disso, Rabelo reforçou que o monitoramento continua de forma intensiva tanto na Região Metropolitana quanto no Sul do Estado, focando na identificação de áreas críticas e na prevenção de crimes ambientais, principalmente em um período de seca severa.

Operação Curupira

A Operação Curupira atua na Região Metropolitana de Manaus e ocorre simultaneamente à Operação Tamoiotatá, no Sul do Amazonas. Iniciada em julho, em alusão ao Dia da Proteção às Florestas e ao personagem folclórico Curupira, a operação tem como meta combater queimadas e desmatamento ilegal. Na primeira fase, realizada por vias fluvial e terrestre, municípios como Iranduba, Manacapuru e Novo Airão foram alvo das ações, que contaram com apoio da gestão da RDS do Rio Negro e recursos do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), da Sema.

Com foco em ampliar o alcance da fiscalização e identificar áreas de risco, a operação envolve não apenas fiscais ambientais da Gefa, mas também agentes das Gerências de Controle Agropecuário (Gcap) e de Recursos Minerais (Germi) do Ipaam, em uma abordagem coordenada e estratégica para a proteção das florestas amazônicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo