DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Órgãos ambientais aplicam R$ 92 milhões em multas no sul do Amazonas em menos de quatro meses

Operação Tamoiotatá 4 intensifica combate a crimes ambientais e prepara novas ações no estado

Em menos de quatro meses, a operação Tamoiotatá 4, coordenada por órgãos ambientais no sul do Amazonas, resultou na aplicação de cerca de R$ 92 milhões em multas por crimes ambientais. O balanço das ações foi apresentado nesta quarta-feira (21/8) durante uma reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Manaus.

A reunião foi presidida pelo secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Vinícius Almeida, e contou com a participação de representantes de diversos órgãos estaduais e federais, além do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O secretário destacou a importância do encontro, que não apenas avaliou os resultados até o momento, mas também decidiu realizar uma próxima reunião no sul do estado para fortalecer a colaboração com a comunidade e o judiciário.

“A reunião de hoje foi fundamental para discutirmos como avançar na luta contra os crimes ambientais. Vamos levar as discussões para o sul do estado para ouvir a comunidade e trabalhar em conjunto com os juízes locais”, afirmou o coronel Vinícius Almeida.

A operação Tamoiotatá 4, que começou em abril deste ano, é considerada a maior ação de combate aos crimes ambientais na região. A operação focou em municípios como Maués, Manicoré, Humaitá, Canutama, Tapauá, Boca do Acre, Lábrea, Novo Aripuanã e Apuí, onde foram concentradas cerca de 60% das infrações, especialmente o desmatamento.

O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, enfatizou a importância das operações de combate ao desmatamento e incêndios florestais. “A atuação do Governo do Estado é essencial, e qualquer complemento às nossas ações é bem-vindo”, destacou Valente.

O juiz titular da Vara Especializada em Meio Ambiente (Vema) do TJAM, Moacir Pereira, também participou da reunião e sugeriu um reforço das medidas judiciais. “É necessário que todos os órgãos trabalhem juntos para enfrentar as práticas ilícitas contra o meio ambiente. O papel do judiciário é crucial para garantir que as medidas sejam efetivas”, afirmou o magistrado.

A operação, que já completou cinco fases, resultou em R$ 91.893.246,23 em multas, 97 autos de infração, 148 embargos que totalizaram 16.989.691,90 hectares, e 30 termos de apreensão de equipamentos utilizados em crimes ambientais.

O próximo encontro sobre a operação está marcado para o início de setembro no sul do Amazonas, com a participação de representantes do TJAM e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo é discutir novas estratégias e envolver a sociedade na luta contra os crimes ambientais.

Fotos: Victor Levy/SSP-AM e Mauro Neto/Secom

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