Inpe aponta recorde histórico de incêndios no Amazonas em 2024
Estado supera marca anterior com mais de 21 mil focos de queimadas, alertando para crise ambiental
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que o Amazonas atingiu, em 2024, o maior número de focos de incêndio de sua história. Até setembro, foram contabilizados 21.289 focos, superando o recorde anterior de 2022, que teve 21.217 ocorrências. As queimadas intensas resultam de condições climáticas severas, como a seca extrema, que agravam a propagação do fogo em áreas de floresta, colocando em risco a biodiversidade e as comunidades locais.
O mês de agosto foi particularmente devastador, com 10.328 incêndios, representando quase metade do total de focos registrados até agora. Além disso, setembro já contabilizou 6.054 focos, quase igualando o total do mesmo mês em 2023.
As causas desse aumento alarmante incluem condições climáticas severas, como a seca extrema, que facilitam a propagação do fogo nas florestas. Essa situação é agravada por práticas inadequadas de manejo da terra e políticas ambientais ineficazes. Como resultado, áreas da Amazônia se tornaram as principais emissoras de gases de efeito estufa no mundo, de acordo com o programa Copernicus da União Europeia.
Além do impacto ambiental, as queimadas afetam diretamente as comunidades locais, colocando em risco a biodiversidade e a saúde pública. O Ministério Público do Acre, por exemplo, já está tomando medidas legais para exigir que o estado implemente ações mais efetivas no combate a esses incêndios, incluindo a proibição do uso do fogo na agricultura e o fortalecimento das equipes de combate.
Essa crise ambiental no Amazonas exige uma resposta urgente não apenas do governo, mas também da sociedade civil, para que se desenvolvam políticas de proteção ambiental mais rigorosas e eficazes.