Lula eleva salário mínimo para R$ 1.518 a partir de janeiro de 2025
Aumento acima da inflação reforça compromisso com a distribuição de renda no país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (30/12) o decreto que fixa o novo salário mínimo em R$ 1.518, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2025. O reajuste representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior e supera a inflação acumulada no período.
O cálculo do novo salário mínimo foi baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses até novembro, que ficou em 4,84%, somado a um ganho real de 2,5% relacionado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Essa metodologia reflete a política de valorização do salário mínimo, aprovada em 2023, que assegura reajustes superiores à inflação até 2030.
Durante a cerimônia de assinatura, o presidente Lula reafirmou o compromisso de seu governo com a distribuição de renda e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores brasileiros. “Reajustar o salário mínimo acima da inflação é uma forma de valorizar quem mais precisa e promover a justiça social”, declarou o presidente.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, também destacou a importância da medida. “Em seu governo, o salário mínimo terá ganho real todos os anos. Isso é fundamental para o processo de distribuição de renda, que é o papel do salário mínimo”, afirmou. Marinho alertou ainda para o impacto negativo que a falta de uma política de valorização poderia causar, classificando tal cenário como uma “tragédia” para os trabalhadores.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de brasileiros têm rendimentos vinculados ao salário mínimo. Destes, aproximadamente 19 milhões são aposentados e pensionistas que recebem o valor integral.
Com a política de valorização do salário mínimo, o governo espera estimular o crescimento econômico e contribuir para a redução das desigualdades sociais, consolidando o salário mínimo como uma ferramenta central para a justiça social no Brasil.