Rio Madeira sobe rapidamente e paralisa aulas em Humaitá, no interior do Amazonas
Cheia histórica afeta mais de 16 mil pessoas e suspende atividades em 20 escolas; professores adotam ensino domiciliar
A cheia do Rio Madeira atinge níveis alarmantes em Humaitá, no sul do Amazonas, impactando severamente a rotina da população. Com o rio alcançando 23,91 metros no último domingo (13/4), a Defesa Civil registra mais de 16 mil pessoas afetadas, incluindo famílias ribeirinhas e agricultores que perderam plantações inteiras.
A área urbana enfrenta alagamentos em diversas ruas, e a BR-230 (Transamazônica) está submersa em um trecho de 20 km, isolando a cidade e provocando racionamento de combustível.
No setor educacional, 20 escolas tiveram as aulas presenciais suspensas, deixando cerca de 800 alunos sem acesso às salas de aula. Para minimizar o impacto no ano letivo, a Secretaria Municipal de Educação implementou um sistema de ensino domiciliar, onde professores entregam materiais e orientações diretamente nas residências dos estudantes.
A situação levou a Prefeitura de Humaitá a decretar estado de emergência por 180 dias, buscando apoio estadual e federal para enfrentar a crise.

A Defesa Civil alerta que o nível do rio pode continuar subindo nos próximos dias, exigindo vigilância constante e ações coordenadas para mitigar os impactos da cheia.
A comunidade local, autoridades e voluntários seguem mobilizados para enfrentar os desafios impostos pela enchente, buscando preservar vidas e minimizar os danos à infraestrutura e à economia da região.
De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Rio Madeira subiu seis metros desde o mês de janeiro, e já superou em três metros a marca registrada no mesmo período do ano passado.