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Mundo se despede do Papa Francisco, um pontífice marcado pela simplicidade e compaixão​

Funeral será realizado com ritos simplificados; Igreja entra em sede vacante e se prepara para o conclave que elegerá o novo Papa​

O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21/4), aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano, após enfrentar complicações de saúde, incluindo uma pneumonia bilateral que o manteve hospitalizado por 37 dias. Sua última aparição pública ocorreu no domingo de Páscoa, quando presidiu a missa e concedeu a bênção “Urbi et Orbi” aos fiéis na Praça de São Pedro, visivelmente debilitado.​

Um funeral sem pompa, como ele desejou

Fiel à sua trajetória de humildade, Francisco deixou instruções detalhadas para que seu funeral fosse marcado pela simplicidade. Ele será sepultado em um único caixão de madeira revestido com zinco, abolindo a tradição secular dos três caixões interligados de cipreste, chumbo e carvalho. O corpo não será exposto em catafalco elevado; em vez disso, permanecerá dentro do caixão com a tampa aberta para que os fiéis possam prestar suas homenagens na Basílica de São Pedro. O funeral ocorrerá na Praça de São Pedro, com uma cerimônia pública, conforme sua vontade.​

Francisco também solicitou ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, um local de devoção pessoal onde costumava rezar antes e depois de suas viagens. Ele será o primeiro papa em mais de um século a ser sepultado fora do Vaticano, desde Leão XIII, em 1903.​

Repercussão global e legado

A morte de Francisco gerou comoção mundial. Líderes religiosos e políticos destacaram seu compromisso com os pobres, os migrantes e a justiça social. Durante seu pontificado, iniciado em 13 de março de 2013, o primeiro papa latino-americano da história promoveu uma Igreja mais inclusiva, próxima dos marginalizados e aberta ao diálogo inter-religioso.​

Seu legado inclui reformas na Cúria Romana, ênfase na ecologia integral e uma postura firme contra o clericalismo. Francisco também foi um defensor incansável dos direitos humanos e da paz, frequentemente se posicionando contra guerras e regimes autoritários.​

Sede vacante e o próximo conclave

Com a morte do pontífice, a Igreja Católica entra em “sede vacante”. O cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell assumiu temporariamente a administração do Vaticano e supervisionará os preparativos para o conclave, que ocorrerá na Capela Sistina. Apenas cardeais com menos de 80 anos poderão participar da eleição do novo papa.​

O processo é conduzido sob estrito sigilo, com os cardeais isolados até que se alcance uma maioria de dois terços dos votos. A eleição é anunciada ao mundo pela “fumata branca”, sinal de que a Igreja tem um novo líder espiritual.​

A expectativa é que o conclave se inicie após os “novendiales”, nove dias de luto e orações pelo papa falecido. O mundo aguarda, com esperança e reverência, a escolha do sucessor de Francisco, que terá a missão de dar continuidade ao caminho de renovação e misericórdia iniciado por ele.​

Fotos: Agências

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