DESTAQUEEDUCAÇÃO

Pandemia transfere para setembro a realização da Olimpíada de matemática das escolas públicas

Décima sexta edição da competição terá a participação de escolas dos 62 municípios do Amazonas, com mais de 485 mil alunos dos ensinos fundamental e médio na disputa

De acordo com o Ministério da Educação, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), realizador da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM),a 16ª edição da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) teve seu calendário alterado por conta da pandemia do novo coronavírus.

A alteração do calendário visa permitir que todas as escolas, professores e estudantes possam participar com segurança, diz o comunicado emitido pelo ministério.

Agora, a primeira e segunda fases da disputa serão, respectivamente, nos dias 22 de setembro de 2020 e 27 de março de 2021. No Amazonas, são 1.542 escolas inscritas, de todos os municípios do estado, com mais de 485 mil alunos dos ensinos fundamental e médio.

Com a mudança, a divulgação dos estudantes classificados para a segunda fase ocorrerá em quatro de novembro. Os locais de prova da segunda etapa serão definidos em 24 de fevereiro de 2021. O anúncio dos premiados acontecerá em 15 de junho do ano que vem.

O coordenador institucional da OBMEP na Secretaria de Educação e Desporto do Amazonas, Maílson Rafael Ferreira, destaca a importância da disputa. Ele afirma que é por meio dela que jovens talentos da Matemática são descobertos e que a disputa serve, também, como motivação para os alunos que têm afinidade com a disciplina. Por isso, a secretaria segue incentivando os professores a fazerem estudos dirigidos à Olimpíada.

“Temos escolas que se empenham para ter, anualmente, bons resultados na OBMEP e, para elas, é fundamental participarem de cada edição anual. A Secretaria de Educação apoia a preparação dos estudantes por meio do projeto ‘Aula em Casa’, com as aulas de Matemática, além de incentivar escolas, professores e alunos a fazerem estudos dirigidos para a disputa, que, inclusive, disponibiliza conteúdo para que os estudantes possam se preparar para as provas durante todo o ano em suas plataformas digitais, como videoaulas, banco de questões, provas de anos anteriores, simulados, apostilas e uma seção de links interessantes que nossas escolas podem acessar e utilizar em sua preparação”, pontua Ferreira.

Preparação dos alunos

Os professores de Matemática da Escola Estadual de Tempo Integral Marcantonio Vilaça 2, Wellington Moraes e Josy Elder Siqueira, seguem empenhados em manter a boa pontuação obtida pela escola desde 2015.

Durante a suspensão de aulas presenciais, eles usam os conteúdos do “Aula em Casa” e um grupo de WhatsApp para acompanhar os alunos, tirar dúvidas e mostrar as melhores formas de entender as questões. Eles também fazem uso de perguntas obtidas no próprio site da OBMEP.

“A gente dá um suporte para que eles se sintam cada vez mais motivados.

Temos muitos alunos com facilidade em Matemática e a gente vai checando e discutindo porque a OBMEP não quer saber só do resultado, mas de como o aluno chegou àquele resultado, então, temos muitas discussões nos grupos, damos sugestões de como ele pode começar a responder e assim vamos melhorando”, explica Moraes.

A estudante Maria Luísa Cunha conquistou duas medalhas de bronze, em 2017 e 2019, e quatro menções honrosas na Olimpíada, entre 2014 e 2018. Agora, prestes a concluir o ensino médio, ela criou uma rotina de estudos e diz que acha justo o adiamento.

“Nesse período, é muito importante criar uma rotina de estudos autodidata. Para estudar para as olimpíadas, gosto muito de fazer a resolução das provas anteriores e, também, buscar em livros e videoaulas os assuntos que tenho dificuldade. Como ainda não temos uma estimativa de quando as aulas presenciais irão voltar, é melhor adiar a prova do que correr o risco de perdê-la, caso a escola esteja com as aulas presenciais suspensas. Também, muitos alunos não têm acesso à Internet e estão ficando sem conteúdo ultimamente, seria um tanto injusto realizar a prova dessa forma”, frisa a estudante.

Pular para o conteúdo