DESTAQUEEMPREGO

Brasil perdeu 1,1 milhão vagas com carteira assinada desde o início da pandemia

Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) representam o saldo, ou seja, a diferença entre contratações e demissões. O resultado é o pior dos últimos 28 anos.

O Brasil fechou 860.503 empregos formais em abril. O resultado é o pior já registrado para esse mês desde 1992, quando o governo iniciou a série histórica. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

O emprego foi fortemente afetado pela crise do coronavírus, que provocou a paralisação de diversos setores da economia no país. Em janeiro e fevereiro, foram criados 337.973 vagas. Os impactos da pandemia começaram em março e se estenderam por todo o mês de abril. Como resultado, a perda de vagas só nesses dois meses passou de 1,1 milhão. Só em abril, foram cortadas 860.503 vagas.

Em nota, o Ministério da Economia afirmou que o resultado teria sido ainda mais grave sem o programa do governo de pagamento de benefícios para os que têm jornada de trabalho reduzida ou contrato suspenso. A estimativa do ministério é que foram preservados 8,1 milhões de empregos por meio da iniciativa.

O setor mais atingido pela crise foi o comércio, com fechamento de 342.748 postos de janeiro a abril. Aparecem em seguida o setor de serviços (-280.716), indústria (-127.886) e construção civil (-21.837). A agricultura, por outro lado, viu abertura de 10.032 postos no acumulado do ano.

Da redação, com informações Congresso em Foco.

Pular para o conteúdo