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Indústria amazonense cresce 17,3% em maio, mas acumula retração de 20,7%, em comparação com o mesmo período de 2019

Os recuos que fazem comparações com o ano de 2019 refletem o agravamento dos efeitos do isolamento social em função da pandemia da COVID19, que afetou o processo de produção em várias unidades produtivas no país

Na comparação com abril de 2020, a indústria amazonense registrou, em maio, crescimento de 17,3%, resultado superior à média nacional (7,0%). O crescimento pode refletir em grande medida o retorno à produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as paralisações da produção ocorridas em várias unidades produtivas em função dos efeitos causados pela pandemia da COVID-19.

No entanto, se comparada à produção industrial de maio de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de -47,3%. No acumulado do ano, período de janeiro a maio de 2020, houve retração para -20,7%, se comparado ao resultado do mesmo período de 2019.

Estes fortes recuos que fazem comparações com o ano de 2019 refletem o agravamento dos efeitos do isolamento social em função da pandemia da COVID19, que afetou o processo de produção em várias unidades produtivas no país, incluindo o Amazonas. A consequência é a clara diminuição do ritmo da produção, evidenciando o aprofundamento das paralisações ocorridas em diversas plantas industriais, fruto, especialmente, do movimento de isolamento social.

O desempenho da indústria amazonense de 17,3%, em maio, com relação ao mês anterior, foi um dos melhores em relação às outras unidades da federação. Os piores desempenhos foram os do Espírito Santo, com -7,8%, do Pará, -0,8%, e Ceará, com -0,8%. Os melhores desempenhos foram os do Paraná, com 24,1%, de Pernambuco, com 20,5%, e do Amazonas, com 17,3%.  
Em comparação aos dados relacionados a maio deste ano, com o de 2019, o desempenho negativo da indústria amazonense maio desde ano foi de -47,3%, se comparado ao mesmo mês do ano passado. Os dados colocam o Amazonas na penúltima posição entre as outras unidades da federação. O único desempenho positivo foi em Goiás, com 1,5%. As outras unidades da federação tiveram resultado negativo. Os piores desempenhos foram os do Ceará, com 50,8%, Amazonas, com -47,3%, e Espírito Santo, com -31,7%.

Variação anual

Em relação ao desempenho acumulado no período de janeiro a abril de 2020, a produção industrial amazonense apresentou valor de -20,7% em comparação com o mesmo período de 2019. Os resultados positivos foram os do Rio de Janeiro, com 2,8%, e o do Pará, com 0,9%. Os piores desempenhos foram os do Ceará, com -21,8%, do Amazonas, com -20,7% e do Espírito Santo, com -18,5%.

Desempenho da indústria por

Em maio de 2020, a indústria extrativa teve resultado de -18,7% em relação a maio de 2019 e as de transformação, resultado de -49,0%. As atividades que mais contribuíram para esse resultado negativo foram: outros equipamentos de transportes (-87,9%) (motocicletas e suas peças), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-67,0%), fabricação de bebidas (-53,3%), fabricação de máquinas e equipamentos aparelhos de ar condicionado, juntas metoplásticas e juntas de vedação mecânicas (-42,7%) e fabricação de produtos de metal (-37,7%). Oito atividades industriais tiveram desempenho negativo em maio.

Somente impressão e reprodução (5,7%) e borracha e plástico (41,3%) tiveram aumento de produção no mês. Em 2020, apenas uma atividade industrial amazonense está com desempenho positivo, impressão e reprodução de gravações com (10,9%).

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