ELEIÇÕES 2020

Amazonino quer ampliar atendimento em saúde no Viver Melhor e implantar rede de cuidados à Pessoa com Deficiência

Com uma população de 70 mil moradores, maior que a do município de Tabatinga (AM), o Residencial Viver Melhor enfrenta problemas graves, que vão da falta de assistência em saúde à acessibilidade

O candidato a prefeito de Manaus pela Coligação Juntos Podemos Mais, Amazonino Mendes, afirmou que, caso seja eleito, irá implantar uma série de ações para o resgate da dignidade das famílias que moram no Residencial Viver Melhor, na zona Norte da cidade. O pacote inclui a ampliação da cobertura de saúde e de segurança, ações de promoção de emprego e renda, inclusive com linhas de crédito para criação de pequenos negócios, com o Banco da Gente, e a implantação de uma rede de cuidados à Pessoa com Deficiência.

Com uma população de 70 mil moradores, maior que a do município de Tabatinga (AM), o Residencial Viver Melhor enfrenta problemas graves, que vão da falta de assistência em saúde à acessibilidade. Lá, 5% dos moradores são Pessoas com Deficiência (PCD). “Precisamos buscar soluções urgentes. Não se pode ignorar a situação em que estão. É preciso resolver os problemas, conversar com os moradores, encontrar os caminhos para que possam ter uma vida digna”, afirmou Amazonino.

Amazonino destacou, também, a necessidade de um suporte financeiro de apoio às famílias, com os programas sociais que irá implantar na Prefeitura, como o Cartão Direito à Vida, e também a ampliação do benefício da tarifa social de água e energia. Amazonino citou, ainda, o Programa Bolsa Infantil, já previsto no seu Plano de Governo, para ampliar a oferta de atendimento em creche para as famílias em vulnerabilidade social.

“Hoje, há uma unidade de saúde completamente sobrecarregada no local. Se faz necessário ampliar esse serviço. A segurança é precária, falta acessibilidade e atendimento a esse público que necessita de cuidados especiais. O residencial está longe de fazer jus ao nome, Viver Melhor”, frisou Amazonino.

O residencial foi inaugurado em 20 de dezembro de 2012, considerado, à época, o maior conjunto habitacional do Brasil, com 3.593 unidades, divididas em duas etapas e 33 quadras.

A secretária do Instituto de Desenvolvimento Comunitário Viver Melhor (Idecovim), Ana Torres, disse que um dos principais problemas do residencial, hoje, é o atendimento em saúde. Segundo ela, a Unidade Básica de Saúde do conjunto não tem mais como atender a demanda atual. “Uma UBS que foi construída para receber cerca de 18 mil pacientes por mês, atende mais de 30 mil moradores. Não há capacidade e muitos ficam sem atendimento. Hoje, não temos aqui na comunidade nem especialistas e nem equipamentos”, ressaltou.

Ana Torres destacou que aproximadamente quatro mil pessoas que moram no Viver Melhor são PCDs. “Essas pessoas são penalizadas com a falta de infraestrutura adequada. A criação de um Centro de Convivência da Família Municipal, voltado para a reabilitação das PCDs, seria primordial aos cadeirantes”, apontou.

“Precisamos de um centro de convivência, para realização de cursos, atender as crianças, idosos e para as PCDs, oferecendo, por exemplo, serviço de fisioterapia. Um espaço, inclusive, onde possamos até montar uma oficina para manutenção das cadeiras de rodas, informou Ana Torres.

Os moradores também reivindicam a construção de uma feira modelo, para retirar os ambulantes dos canteiros centrais e dar a eles um espaço com mais qualidade, para que possam trabalhar.

Para o vice-presidente da Agremiação das Pessoas com Deficiência do Viver Melhor, José Mesquita, a falta de acessibilidade dentro do residencial, prejudica centenas de PCDs que precisam se deslocar para outros pontos da cidade. Ele considera que falta sensibilidade das autoridades públicas para resolver a situação dos moradores.

“Temos os mesmos direitos e deveres que qualquer outro cidadão. Mas as pessoas fingem que não existimos. Sou cadeirante há quase 12 anos. Aqui, sempre enfrento os problemas para acessar os ônibus. Os elevadores dos ônibus são quebrados ou os motoristas não param ao nosso sinal”, relatou.

Ele defende também a criação de um centro para PCDs. “São muitos cadeirantes na mesma situação que eu. Muitos em situações bem piores, pois percorrem um longo trajeto até a parada de ônibus. Para irmos à fisioterapia, é preciso nos deslocar até a Colônia Oliveira Machado, zona sul, porque não há um local para isso na zona norte. Está na hora de o Viver Melhor ter um espaço voltado para nós, PCDs”, afirmou

Pular para o conteúdo