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Cibercultura, conheça e veja se você faz parte dela

Por Antônio Siemsen Munhoz

Era uma vez uma civilização que um dia adotou a internet como a estrada da informação. Por suas ruas, estradas e alamedas circulariam, de forma compartilhada todas as informações criadas pelo gênio humano (tanto para o bem, quanto para o mal. Ambas situações ocorrendo com o mesmo peso quantitativo). Se isto é bom ou mau é algo que ainda não podemos concluir de forma completa. Pesquisadores ainda divergem. Alguns são criticados por serem minimalistas e outros por apresentarem considerações prolixas. A comprovação que agradar gregos e troianos é uma impossibilidade, se manifesta neste momento. A única coisa é que, certamente, criamos uma dependência da internet. O fato é comprovado em diversos apagões nas quais ela resolveu descansar, quem sabe de tanta besteira que nela circula.

O que é a cibercultura?

A opção pelo uso da internet criou gigantescas redes de computadores, reunidas para os mais diversos fins. A vontade humana em rotular tudo passou a considerar que muitas pessoas seguiam o caminho de abandono da cultura para participar da Cibercultura. Nada mais justo, então, saber o que este termo identifica. Cabeças coroadas com mérito e outras não coroadas ou que a perderam nas atividades de navegação pela rede, afirmam e repetem (com ou sem o danado do plágio campeando solto pelas planícies cibernéticas) à título de uma definição simplificada, que:

a cibercultura pode ser considerada como o elemento que surge junto com o uso intensivo das redes de computadores. Ela traz consigo todos os benefícios e desvantagens da cultura tradicional e alguns penduricalhos adicionais, tais como: fake News, vírus, programas mal intencionados em diferentes dimensões, entre outras atividades identificadas como atitudes politicamente incorretas. (o autor)

Como a cultura normal e tradicional ela congrega diferentes fenômenos sociais associados, agora com a devida amplificação de um estado online e que atinge dimensões megalomaníacas também sujeitas a um aumento exponencial em suas tendências de crescimento. Ele é endêmico, ou melhor dizendo pandêmico, para nunca mais esquecer esta desgraça que atinge a humanidade, para toda a sociedade online pendurada nos mais diversos tipos de dispositivos de computação móvel.

Será que ela tem qualidades?

Será que entre tanta adjetivação inicial, sobrou algo que possa ser considerada como uma qualidade? A participação e interação entre seus habitantes pode facilitar a efetivação de propostas tais como:

  • Aumentar da leitura e escrita, tão necessária nos processos de comunicação, principalmente naqueles desenvolvidos de forma online;
  • Levar as pessoas ao conhecimento e prática de numerosas novas tecnologias, ao ser considerada como uma nova cultura mediada pelas telas dos computadores e do início de um bate papo com agentes não humanos, preparando todos para uma vida digital e aceitação da inteligência artificial pelos humanos criadores de toda este aparato tecnológico;
  • Incentivar a troca de conhecimento e informação;
  • Estabelecer e evoluir com um processo de interação que aproxima pessoas com a mesma opinião em grupos evolutivos em direção ao aumento do conhecimento individual apoiado em redes sociais.

É um primeiro conjunto de qualidades que já traz um peso considerável de vantagens a qualquer processo que a ele esteja sujeito.

Existe uma taxonomia própria?

Existe e a classificação pode ser expandida para diversos níveis. Como usuários finais, produzindo materiais para leitura de outros usuários finais, vamos considerar uma breve descrição dos principais deles, responsáveis pelo surgimento da Cibercultura propriamente dita e por sua expansão enxerga como tipos mais comuns: 

  • um blog, definido como um jornal pessoal publicado na Web, como resultado de um trabalho individual ou de pequenos grupos que visam reunir elementos com interesse no mesmo assunto. Foi um dos principais elementos de evolução da Cibercultura. Atualmente convivem os blogs e os vlogs (mesma aplicação quando a base de comunicação são os vídeos) em um contexto de elevada ligação em redes sociais;
  • As comunidades de jogos, crescentes espalhando-se por diferentes culturas, agregando-as e unindo pessoas de cor e credo diferenciados;
  • Localidades, muitas vezes criadas a partir da ideia de uma pessoa ou pequeno grupo de pessoas e que são transformadas em grandes redes (Facebook, Linkedin e diversas outras, cada uma com a sua finalidade particular;
  • As redes de Chat são um dos elementos em maior fase de crescimento. Assim podem ser denominados quaisquer transmissão com troca de mensagens em tempo real, apoiados em texto, vídeos ou elementos previamente preparados.

Como você enxerga a sua participação na Cibercultura? A melhor pessoa para responder a esta questão é você mesmo. Tudo depende de seu nível de envolvimento. Partindo do desinteressado (porém não totalmente) ao mais fanático (um tecnófilo, com certeza) é possível determinar se você pode ser considerado ou não como um participante ativo e, a partir daí receber a designação (honrosa para todos) como um cibernauta, neologismo que se expandiu e hoje é utilizado em diferentes situações: Servem como exemplo as designações seguintes: cybercafé, ciberespaço, ciberespacial. Tudo parte da combinação do termo original denominado cybernetics. Como a pergunta foi dirigida a você usuário, a palavra lhe é passada para que dê a resposta mais adequada, quando tal questionamento for colocado[1].


Antonio Siemsen Munhoz é Doutor em Engenharia de Produção, Bacharel em Engenharia Civil, Especialista em Tecnologias Educacionais, Pós-graduado em Gestão Eletrônica de Documentos, com MBA em Design Thinking

[1] https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/como-apareceu-a-palavra-cibernauta/15349


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