FCecon realiza capacitação sobre segurança na administração de medicamentos
A capacitação foi promovida pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP/FCecon), em parceria com a Educação Permanente em Enfermagem
A segurança na administração de medicamentos aos pacientes com câncer foi o assunto de capacitação com os profissionais da área de Enfermagem da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Com o tema “Administração segura de medicamentos e prevenção de eventos adversos”, o curso, que teve duração de três dias, iniciou na quarta (18/08) e se encerra nesta sexta-feira (20/08).
A capacitação foi promovida pelo Núcleo de Segurança do Paciente (NSP/FCecon), em parceria com a Educação Permanente em Enfermagem, e faz parte do plano anual de atividades do Núcleo. A palestrante foi a farmacêutica do hospital, membro da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e do NSP, Andréa Marques, que tratou sobre erros na administração de medicamentos, legislação, responsabilidades, práticas de segurança, prevenção, cultura de segurança e a importância de se notificar os eventos adversos.
Conforme a enfermeira responsável pelo NSP, Marielle Martins, os protocolos tratados na capacitação fazem parte das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) e, assim, visam reduzir as falhas e eventos adversos notificados ao Núcleo referentes a medicamentos.
“Trocas de medicamentos aos pacientes, horários, doses, vias erradas das medicações, são falhas muitas vezes de processo, mas também humanas que exigem atenção redobrada para evitar o sofrimento do paciente”, alertou.
Melhorias
Com a capacitação, segundo Marques, a FCecon quer padronizar e implementar as medidas de segurança na administração de medicamentos. Ela salientou que assim será possível promover uma maior relação de custo efetividade, pois a permanência prolongada do paciente no ambiente hospitalar eleva os gastos com medicamentos e insumos diversos, por exemplo.
“O tempo de permanência maior pode levar a procedimentos não previstos, possíveis danos irreversíveis das funções orgânicas do paciente, a dor e o sofrimento de pacientes e de suas famílias quando há uma consequência grave destes eventos. Por isso, é importante tornar a administração de medicamentos uma prática segura, por meio do conhecimento da legislação, do conhecimento técnico, estrutura, serviço etc.”, enfatizou Marques.
Prática segura
A prática segura no ambiente hospitalar passa, ressaltou Marques, pelos nove acertos da administração de medicamentos, que são itens a serem observados durante a assistência, para advertir os profissionais sobre fatores que podem ocasionar os erros de medicação. São eles: paciente, medicamento, dose, via, hora e anotação certos, orientação ao paciente, compatibilidade medicamentosa, direito do paciente e recusa da medicação.
Atualização profissional
Para a enfermeira Edilane Porto Dias, que atua no serviço de Pediatria, o curso é primordial porque permite que os servidores possam se atualizar sobre as alterações ocorridas na administração de medicamentos. Ela citou, por exemplo, os nove acertos na administração de medicamentos – antes eram cinco – e lembrou dos novos profissionais de enfermagem que chegaram à Fundação vindos de outras unidades com realidades distintas de um hospital oncológico.
“Os profissionais vindos de outras unidades precisam entender a especificidade da FCecon. Além disso, o enfermeiro tem como função supervisionar, coordenar e administrar a equipe, além de atuar juntamente com os outros profissionais. Assim, somos responsáveis pela administração dos medicamentos e pela segurança desses pacientes, por isso precisamos estar sempre nos atualizando”, frisou Dias.