Praia da Ponta Negra segue interditada para banho em razão da estiagem do rio Negro
Com redução do nível do rio Negro, área é delimitada e banhistas são alertados sobre riscos de afogamento e desníveis no leito do rio
A praia da Ponta Negra, em Manaus, completou uma semana de interdição para banhistas devido à forte estiagem do rio Negro. Desde a medida, foram instaladas mais de 20 placas informativas e um cercado de mil metros para delimitar a área de interdição, como forma de conscientizar e impedir que pessoas entrem no trecho interditado. Mesmo com essas ações, dezenas de banhistas já foram retirados da área pela comissão que gerencia o complexo turístico.
A cota do rio Negro, que está atualmente em 14,30 metros, continua em descenso, apresentando uma redução de 19 centímetros nas últimas 24 horas. Desde o início da interdição, o nível do rio caiu 1,47 metro, aumentando os riscos de acidentes por afogamento, uma vez que o leito do rio apresenta depressões e desníveis de vários metros de profundidade.
Segurança reforçada por decreto
O prefeito David Almeida assinou o Decreto 5.985/2024, que dispõe sobre a interdição temporária da praia, com validade de 90 dias. A decisão foi embasada em um laudo técnico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que apontou as mudanças no terreno subaquático e os riscos que isso representa para os banhistas.
Além das equipes da Guarda Municipal e Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros também está atuando na fiscalização e segurança da área, garantindo que a interdição seja respeitada. A faixa de areia ampliada pela descida das águas continua acessível para atividades esportivas e recreativas, com o calçadão e demais estruturas do complexo funcionando normalmente.
A interdição da praia perene está de acordo com as normas estabelecidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Prefeitura de Manaus e o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), prevendo o fechamento da área sempre que laudos técnicos indicarem risco para os banhistas.