Parque Encontro das Águas Rosa Almeida reconecta Manaus com seus rios
Prefeito David Almeida acompanha avanço das obras do primeiro projeto de Niemeyer no Amazonas, que integra natureza, cultura e arquitetura como novo símbolo da cidade
Manaus caminha rumo a uma nova relação com seus rios. Às margens do Encontro das Águas, no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste da cidade, toma forma o Parque Encontro das Águas Rosa Almeida — projeto que carrega não apenas o traço do arquiteto Oscar Niemeyer, mas também o compromisso com a valorização da identidade amazônica.
Na manhã desta terça-feira (8/4), o prefeito David Almeida esteve no local para acompanhar o avanço das obras, que estão dentro do cronograma e prometem transformar a área em um polo de cultura, turismo e bem-estar.
“Essa obra representa muito mais que urbanismo. Ela simboliza o reencontro da cidade com sua natureza, com suas origens ribeirinhas. Estamos virando Manaus de frente para os rios. E entregar este parque será um presente de Natal para a população”, afirmou o prefeito, emocionado diante da grandiosidade do projeto.
Com mais de 120 mil metros quadrados, o espaço passa por obras estruturais complexas, como a contenção do solo com uso da tecnologia jet grouting. Já foram instaladas 155 estacas, com mais 111 previstas, garantindo estabilidade para a construção.
O projeto nasceu do traço visionário de Niemeyer, em 2005, como um mirante. Com a retirada das antigas torres da Embratel, o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) ampliou a proposta, convertendo o espaço em um parque completo, com múltiplas funções sociais e ambientais.
Entre as novidades estão a Oca Niemeyer, um espaço para exposições culturais e eventos; um restaurante panorâmico sobre o barranco com vista direta para o fenômeno natural do Encontro das Águas; dois quiosques gourmet; áreas para artesanato local; playground; espaço pet; e estacionamentos com acessibilidade para idosos e PcDs.
“O parque foi pensado a partir do conceito de biofilia, que é essa conexão essencial entre o ser humano e a natureza. Isso faz bem para a alma, para a mente e para o corpo. Mais que um ponto turístico, ele será um espaço de pertencimento e orgulho para os manauaras”, explicou o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.
A obra, executada pelo consórcio Encontro das Águas, conta com licenciamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) e monitoramento arqueológico contínuo. A conclusão total está prevista para o fim de 2025.
Mais que concreto e curvas, o Parque Rosa Almeida surge como símbolo de uma nova Manaus — mais humana, mais integrada ao seu território e mais fiel à sua alma amazônica.
Fotos: Dhyeizo Lemos/Semcom
