DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Desmatamento na Amazônia cresce 104% em novembro.

O desmatamento mensal na Amazônia voltou a ter um acentuado aumento. Em novembro, a destruição do bioma medida pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) foi 104% maior em relação ao mesmo mês do ano passado.

Entre 1° e 30 de novembro, a área desmatada corresponde a 563,03 km², a maior área em toda a série histórica, que começou em 2015. Na comparação com o mesmo mês de 2018, o aumento foi de 103,7%. De janeiro a novembro de 2019, 8.695,21 km² estiveram sob alerta, quase o dobro do registrado nos mesmos meses em 2018, 4.878,7 km².

Os dados fazem parte do sistema de Deter (Detecção em Tempo Real), usado pelo Inpe. Este sistema não é usado como a taxa oficial de desmatamento na Amazônia, mas pode indicar a tendência de devastação do bioma. Ele só tem registro a partir de 2015 porque o sistema de detecção mudou e os dados anteriores não permitem comparação.

A taxa oficial de desmatamento é medida pelo Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia). O dado mais recente foi divulgado no mês passado: foram devastados 9.762 km² entre agosto de 2018 e julho de 2019, aumento de 29,5% em relação ao período anterior.

O aumento preocupa especialistas. Novembro é uma época chuvosa na maior parte da floresta Amazônica e, por isso, os desmates costumam ter índices menores – com chuva, o deslocamento de equipamentos e o peso do transporte da madeira desencorajam a ação. Entretanto, com o tempo seco, a devastação continuou no bioma.

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