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Rede de proteção do governo do Amazonas realiza ação de combate ao trabalho infantil na zona leste

Com a mensagem “É muito cedo, muito triste e muito covarde, cortar infâncias pela metade”, 60 cartazes foram afixados em pontos comerciais localizados na região do Fuxico, Jorge Teixeira

Uma ação para alertar e combater a prática do trabalho infantil foi realizada na manhã desta segunda-feira (15/06), na região comercial conhecida popularmente como Fuxico, no bairro Jorge Teixeira, na zona leste de Manaus. Servidores da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (CEDCA) e do Conselho Tutelar participaram da iniciativa de afixação de cartazes em estabelecimentos comerciais.

Com a mensagem “É muito cedo, muito triste e muito covarde, cortar infâncias pela metade”, 60 cartazes foram afixados em pontos comerciais localizados na zona leste. Os materiais contam também com os canais para denúncias: 100 – Disque Direitos Humanos e 0800-092-1407 – SOS Criança Manaus.

De acordo com Edmara Castro, secretária executiva de Direitos da Criança e do Adolescente da Sejusc, que representou o titular da pasta, William Abreu, a ação em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, ocorrido no último dia 12, será feita até a próxima quarta-feira (17).

“Estamos fazendo afixação de cartazes hoje na zona leste; amanhã, na zona oeste e na quarta-feira, na zona norte; com o objetivo de conscientizar a população e comerciantes de que o trabalho infantil é crime e que é necessário denunciá-lo. Nos cartazes, há os números para realizar as denúncias”, disse a secretária.

Informação e combate

A coordenadora do Conselho Tutelar Leste 2, Carla Ribeiro, destacou que a iniciativa é de suma importância para que a população saiba que a prática é criminosa. “O combate ao trabalho infantil é necessário na nossa cidade de Manaus, haja vista que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), no artigo 60, determina que o adolescente pode prestar serviço na condição de aprendiz. Nós temos um alto índice de adolescentes inseridos no trabalho informal de forma ilegal. A ação de hoje é para que todos tenham conhecimento de que o trabalho não pode ser executado por criança e adolescente abaixo de 14 anos. Aqui na zona leste, recebemos muitas denúncias de crianças em condição de trabalho informal”, afirmou.

A afixação de cartazes foi aprovada por Júnior Meireles, gerente operacional de uma distribuidora da região do Fuxico, que afirma ver com frequência meninos e meninas vendendo produtos pela área. “É uma ação muito boa em relação aos menores. Muitos deles, os pais obrigam a trabalharem, sendo que não pode. Muitas vezes os pais ficam em casa enquanto as crianças trabalham. Várias passam aqui pela frente para vender coisas, sendo que podiam estar estudando”, contou.

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